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Mais de 70% da população da Paraíba mora em casa própria, revela IBGE

Segundo o IBGE, do total de 3,96 milhões de moradores em domicílios particulares permanentes ocupados (DPPOs), cerca de 74,9% da população mora em casa própria, indicador que representa 2,97 milhões de pessoas.

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Foto: Pixabay/Ilustrativa

Mais de 70% da população da Paraíba mora em casa própria, segundo dados do Censo Demográfico 2022, divulgados nesta quinta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Conforme visto pelo ClickPB, do total de 3,96 milhões de moradores em domicílios particulares permanentes ocupados (DPPOs), cerca de 74,9% mora em casa própria, indicador que representa 2,97 milhões de pessoas.

O contingente ocupava 73,5% (1,01 milhão de DPPOs) de um total de 1,37 milhão de domicílios particulares permanentes que existem no estado e ocupa a posição 9° mais alta do Brasil.

Entre os estados do Nordeste, ocupa a 4ª posição, atrás apenas dos indicadores registrados nos estados da Bahia (79,7%), Piauí (83,9%) e Maranhão (84,0%).

O indicador ficou acima da média do país, que verificou 72,7%, mas abaixo da região Nordeste (77,3%). Se comparado ao censo de 2010, o indicador registrou o mesmo valor, representando uma estabilidade.

Ainda segundo o Censo, 66,2% da população do estado moram em casas “próprias de algum morador – já pago, herdado ou ganho”, que mostra uma redução de 5,9 pontos percentuais em relação a 2010, que verificou 72,1%.

No sentido contrário, a participação dos que moram em casa “própria de algum morador – ainda pagando”, cresceu 5,9 pontos percentuais passando de 2,8%, em 2010, para 8,7%, em 2022.

Cresce a quantidade de pessoas morando em casas alugadas

Segundo o Censo, são cerca de 752.523 pessoas que moram em 277.844 casas alugadas, o que representa 19% do total de moradores em DPPOs e 20,3% do total de casas desse tipo.

A taxa era a 11º menor entre os estados do Brasil, sendo menor que a média nacional (20,9%) e maior que a regional (16,8%). Se comparado ao Censo anterior, o dado registrou um aumento de 3,4 pontos percentuais na quantidade de moradores em casas alugadas e de 3,2 pontos percentuais de casas nestas condições. Em 2010, eram de 15,6% e 17,1%, respectivamente.

No caso de casas do tipo “cedida ou emprestada”, cerca de 5,5% da população da Paraíba (217.953 pessoas) 5,7% dos domicílios (78.379 DPPOs) se enquadram nessa condição. Em casos mais específicos desta condição, “cedido ou emprestado – por familiar” são 4,1%, “cedido ou emprestado – por empregador” (0,8%) e “cedido ou emprestado” – outra forma” (0,6%).

Em 2010, cerca de 8,9% para os moradores e de 8,8% para as casas cedidas ou emprestadas. Isso mostra que nos dois últimos Censos, o dado registrou uma queda, de 3,4 e 3,1% pontos percentuais, respectivamente.

Patos é a cidade com a menor quantidade de pessoas morando em casas próprias

De acordo com o Censo, as cidades com as cinco maiores quantidades de pessoas morando em casas próprias são Joca Claudino (94,4%), São José de Princesa (94,3%), Barra de Santana (94,2%), Marcação (94,1%) e Areia de Baraúnas (93,2%).

Enquanto isso, as cinco menores foram apuradas em Patos (59,5%), Coremas (60,7%), Pombal (63,8%), Itaporanga (64,4%) e Santa Teresinha (65,1%).

As duas maiores cidades da Paraíba, João Pessoa (68,8%) e Campina Grande (73,3%) ocupam a 13ª e a 39ª piores posições do ranking, respectivamente.

Em todas as cidades da Paraíba, mais da metade da população local moram em casas próprias sem financiamento pendente, com exceção de Patos, que verificou um percentual de 49,8%.

Já as cidades com os maiores níveis desse indicador são a capital João Pessoa (18,5%), Santa Rita (18,3%) e Campina Grande (15,8%), sendo inexistente em 13 dos 223 municípios do estado.

Em relação aos moradores em casas alugadas, os cinco maiores índices se encontram em Patos (34,7%), Coremas (32,6%), Cajazeiras e Itaporanga (28,2%), Pombal (28%) e João Pessoa (26,7%), enquanto os menores foram verificados em São José de Princesa (0,8%), Barra de Santana (2,8%), Gado Bravo (3%), Curral de Cima (3,2%) e Joca Claudino (3,9%). No ranking, Campina Grande apresentou o 18º maior percentual (21,8%).

O percentual mais alto de moradores em casas classificadas como “cedido ou emprestado” foi apurado em São José de Espinharas (21,4%), Santa Teresinha (16,5%) e Quixaba (15,5%). Já os menores percentuais foram vistos em Joca Claudino (1,8%), Areia de Baraúnas (1,7%) e Marcação (1,4%).

Quase 60% dos paraibanos não possuem máquina de lavar em casa

A quantidade de pessoas que moram em casas sem máquina de lavar roupa é de 59%, acima da média nacional 31,9% mas abaixo da registrada no Nordeste (62,9%), além de ser a sétima maior taxa do Brasil.

Entre os anos de 2000 e 2022 houve uma expansão de 31,9 pontos percentuais na quantidade de casas particulares que possuem o aparelho eletrônico, que passou de 9,1% para 41%.

O analista da gerência de Indicadores Sociais do IBGE, Bruno Mandelli, afirmou que a ausência do equipamento impacta em grande maioria as mulheres, que reúnem as roupas para lavagem.

“A presença de máquina de lavar roupas no domicílio pode ter um impacto considerável no dia a dia dos moradores, especialmente das mulheres, que são quem realiza a lavagem das roupas na maioria das
vezes” afirmou Bruno Mandelli.

*Com IBGE

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