De 2000 a 2004, cresceu a presença das empresas de micro e pequeno porte na Paraíba. O aumento de 24% do número de empresas desse porte no estado, naquele período, foi apontado pela pesquisa Onde estão as Micro e Pequenas Empresas no Brasil, divulgada pelo Sebrae, em São Paulo, no último dia 24.
A pesquisa foi a primeira realizada pelo Observatório das MPE, uma unidade do Sebrae paulista que vai monitorar a situação do empreendedorismo e dos pequenos negócios nos âmbitos regional e nacional. Entre os dados nacionais mais relevantes, há o que indica uma maior expansão do número de pequenas empresas no Norte e Centro-Oeste e o que constata o crescimento do setor de serviços em todo o país, tais como empresas de informática, aluguel de veículos e telefones celulares.
Na Paraíba, em 2000, havia 40.079 micro e pequenas empresas formais, estando 26.683 no comércio, 6.332 na indústria e 7.074 no setor de serviços. Já em 2004, o total de empresas no Estado era de 49.603, apresentando um aumento maior no setor de serviços, que passou a contar com 9.307 empresas, um crescimento de 31,6%. Já o número de estabelecimentos comerciais aumentou 23,6% e os industriais 15,2%.
Entre as pequenas do comércio, em 2004, os segmentos que apresentaram maior índice de crescimento foram os pequenos estabelecimentos varejistas, como sacolões, quitandas, avícolas e peixarias (48,4%); o varejo de combustíveis (36,2%) e o de vestuário (35,9%). Minimercados e mercearias, porém, ainda representam um número significativo de estabelecimentos do comércio (21,1%) e também apresentaram crescimento em relação ao ano 2000 (22,8%).
Entre as empresas do setor de serviços, registra-se um maior crescimento nos seguintes segmentos: aluguel de veículos, máquinas e equipamentos (67%); atividades de intermediação financeiras, tais como corretoras (59%) e atividades recreativas e culturais, como academias, teatro, jogos eletrônicos (55%). Vale registrar, no entanto, que o maior número de estabelecimentos do setor está entre as empresas prestadoras de serviços em geral, como escritórios de advocacia e contabilidade (33%) e de alimentação e hospedagem (20%).
Já o setor industrial registrou um crescimento mais tímido (15,2%) no período da pesquisa. O maior crescimento foi observado nos seguintes segmentos: fabricação de produtos químicos (30,4%); fabricação de produtos de metal (22%) e a indústria têxtil (20%). Na indústria, em 2004, os segmentos que apresentaram maior número de MPEs foram: a indústria da construção (36,3%), com destaque para o segmento de edificações; a indústria de alimentos e bebidas (20,2%), com destaque para fabricação de produtos de padaria e a indústria têxtil (6,9%).
Metodologia
Para a realização deste trabalho, partiu-se dos dados disponíveis na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS)1, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), dos anos de 2000 e 2004. A RAIS é preenchida anualmente, principalmente, pelos estabelecimentos inscritos no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), com ou sem empregados, no ano base (ano a que se refere a informação).
Foram analisadas todas as divisões e classes da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) relacionadas a atividades privadas. De acordo com o critério operacional do sistema Sebrae, foram considerados como MPEs os estabelecimentos com até 49 empregados no comércio e serviços e com até 99 empregados na indústria.
Assessoria