Paraíba

PB deve registrar 4 mil novos casos de câncer este ano, estima o Inca

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Na data em que se comemora o Dia Mundial de Combate ao Câncer, estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca), alertam para os números de novos casos na Paraíba em 2006. De acordo com o instituto, cerca de 4 mil novos casos de câncer serão diagnosticados este ano no Estado, entre homens, mulheres e crianças. Deste número, ocorrerão aproximadamente 700 mortes. Em 2005, o Hospital Napoleão Laureano, referência no Estado para o tratamento e diagnóstico da doença, registrou um número de 3.328 novos casos.

Segundo o oncologista e diretor do Hospital Napoleão Laureano, João Simões, a incidência dos tipos de casos se mantém a mesma dos anos anteriores e segue a tendência nacional. No caso dos homens, os tipos mais freqüentes da doença são os de próstata, pulmão, estômago e intestino e as mulheres são acometidas mais pelo câncer de colo de útero e de mama. As crianças que representam 5% dos casos, apresentam mais a leucemia, os tumores linfáticos e ósseos.

O oncologista lembra que aproximadamente 45% dos casos que chegam ao Hospital Napoleão Laureano, são de alguns tipos de câncer de pele, bastante comuns no Estado, por causa da localização geográfica e a quantidade de luz solar, contudo, por serem tratáveis, não causam tanto risco à vida. Diferentemente do melanoma (mancha escura), um tipo de câncer de pele mais grave que se desenvolve em pouco tempo.

A maioria dos casos de câncer pode estar relacionada ao ambiente, no qual se encontra uma série de fatores de risco. As mudanças provocadas pelo homem no meio ambiente, o “estilo de vida” adotado pelas pessoas, como o tabagismo, o alcoolismo e os hábitos alimentares, podem estar entre as causas da doença. Porém existem também os fatores genéticos e hereditários que podem desencadear a oncogênese (aparecimento do câncer). O oncologista João Simões destaca que alguns tipos de câncer podem ser evitados. “Alguns tipos de câncer podem ser prevenidos com acompanhamento adequado, como o câncer de colo uterino, por isso as pessoas devem valorizar o que sentem, pois não existem sintomas específicos para o câncer”, disse ele.

A dona-de-casa Francineide Caboclo de Lima, 36 anos, percebeu há cerca de seis meses através do auto-exame da mama um nódulo no seio esquerdo. Imediatamente ela procurou uma ginecologista, que a mandou fazer exames diagnósticos, que detectaram o câncer. Entre o diagnóstico e a cirurgia para a retirada total da mama (mastectomia) não se passaram nem três semanas. A partir daí, Francineide deu início a sessões de quimioterapia no Hospital Laureano, onde também operou. Perto de terminar o tratamento, Francineide se mostra otimista com sua saúde e acredita que o diagnóstico precoce salvou sua vida. “Só tenho a agradecer a Deus pela vitória que estou alcançando. O diagnóstico inicial foi importante para que estivesse bem hoje”, afirma ela.

“Lista da morte”

O Hospital Napoleão Laureano, que recentemente ganhou repercussão nacional, por causa da chamada “lista da morte”, que colocava na espera os pacientes além do número que podia atender, em função do déficit em que vinha funcionando, atualmente trabalha em sua plenitude, depois de receber verbas estaduais. De acordo com João Simões, o hospital deu início a uma nova etapa na área de diagnósticos com a aquisição de um tomógrafo computarizado de última geração, que visa a oferecer exames de maior precisão, além de facilitar o acesso dos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). O hospital tem trabalhado por mês com uma média de 300 internações, 1.200 pacientes em quimioterapia, 150 em radioterapia, 200 cirurgias e 300 consultas na área de oncologia.

Hospitais atendem 600 pacientes por mês

Em Campina Grande, os dois hospitais credenciados pelo Sistema Único de Saúde promovem por mês cerca de 600 tratamentos e promovem mais de três mil exames. O maior número de atendimentos se concentra no Hospital da FAP. O diretor do Centro de Oncologia, o médico Rogério Assis Lira, revela que 550 pacientes fazem mensalmente tratamento de quimioterapia e 100 de radioterapia. De acordo com a cota estabelecida pelos gestores do SUS, a FAP só pode fazer 30 cirurgias de câncer por mês. “No entanto, chegamos a fazer cerca de 70, pois atendemos pacientes de mais de 40 cidades”, revelou Rogério.

Quanto aos atendimentos de consulta, são feitos cerca de três mil por mês. Depois, as pessoas com suspeita de câncer são encaminhadas para fazer os exames. A maior incidência é de casos de câncer de mama, colo de útero, boca, faringe e próstata. O diretor clínico da FAP, o médico Pedro Saulo, disse que a unidade recebe cerca de R$ 200 mil do SUS por mês para o tratamento. Para ele, seriam necessários mais R$ 300 mil para atender à demanda. No Hospital Universitário Alcides Carneiro, a média de pacientes atendidos por mês, em 2005, foi 50 e que praticamente se repetiu nos primeiros três meses deste ano. Fernanda Tavares, do setor de cadastramento do HU, esclareceu que o hospital oferece tratamento de hormonoterapia e quimioterapia.

A cidade pode ter em funcionamento em breve o Hospital Memorial Rubens Dutra Segundo (Hospital do Câncer). A direção encaminhou ao Conselho Municipal de Saúde o pedido de credenciamento do hospital ao Sistema Único de Saúde. (Josusmar Barbosa)

Fonte: Jornal da Paraíba

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