Depois de muita ameaça, anúncios e comunicados de canal aberto às negociações, o presidente do Sindicato dos Médicos do Estado, José Delmir confirmou à reportagem do ClickPB, o início da paralisação dos médicos prestadores de serviço do Sistema Único de Saúde (SUS) nesta terça-feira (2).
O pedido de reajuste em torno de 150% na tabela que remunera os procedimentos cirúrgicos está mantido: “Mas sustentamos a possibilidade de diálogo”, explica o presidente. Só em João pessoa, mais de 50 cirurgiões já paralisaram atividades, em Campina Grande 95% dos anestesistas já aderiram ao movimento.
A paralisação atinge os hospitais particulares e filantrópicos do Estado. Mais de 1.500 cirurgias de média e alta complexidade de urologia, oftalmologia, otorrino-laringologia, cardíaca, pediátrica e geral, além de neurocirurgia, estarão comprometidas: “mas as urgências e emergências estão mantidas, de acordo com o código de ética médica”, ressalta Delmir. Os hospitais mais atingidos são o Santa Paula, que realiza cirurgias cardíacas, neurológicas e pediátricas, com cerca de 20 profissionais ligados ao SUS, seguido pelo São Vicente de Paula e Clínica Dom Rodrigo.
A categoria, há dez anos sem reajuste, espera uma contra-proposta dos secretários de Saúde do Estado, Geraldo Almeida, e de João Pessoa, Roseana Meira, que argumentam não dispor de teto financeiro para a atualização da tabela do SUS, que atualmente é de R$9 milhões: “apelamos então para que eles retirem o complemento da verba das próprias receitas, porque se formos depender do Ministério da Saúde não encerraremos a paralisação tão cedo, e quem mais sofre é a população carente que depende do famigerado SUS”, acrescenta Delmir.
Lívia Falcão
ClickPB
Paralisação dos médicos conveniados ao SUS ameaça a realização de 1.50
Médicos pararam atividades nesta terça-feira
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