Problema

Paraíba registra perda de R$ 400 mil este ano por incêndios em canaviais; sindicato apela por conscientização

Paraíba tem, segundo o presidente do Sindalcool-PB, 70% das cana plantada colhida de forma mecanizada, sem realização de queimadas. Incêndios prejudicam empregos e empresas.

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Imagem ilustrativa (Foto: reprodução)

A Paraíba registrou, até esta sexta-feira (20), uma perda de R$ 400 mil por causa de incêndios, criminosos ou não, nos canaviais do estado. O dado foi confirmado ao ClickPB nesta sexta-feira (20) pelo presidente do Sindicato da Indústria de Fabricação do Álcool no Estado da Paraíba (Sindalcool-PB) Edmundo Barbosa.

Ao ClickPB, o presidente do sindicato argumentou 70% das cana plantada no estado é colhida de forma mecanizada, sem necessidade de realização de queimadas. A prática, inclusive, vem sendo abandonada pelas usinas.

No entanto, ainda há empresas que realizam a queimada controlada da cana para a colheita, com ações ocorrendo no período noturno. Porém, segundo Edmundo Barbosa, há registros de incêndios durante o dia e, nessas ocasiões, o fogo é iniciado por ação criminosa ou não intencional, quando há o descarte irregular de piolas de cigarro ou outros objetos inflamáveis nos canaviais ou margens de rodovias.

“Desde que iniciamos a safra, em agosto, já tivemos 150 mil toneladas de cana queimadas por causa dos incêndios. Isso gerou uma perda de R$ 400 mil só com o produto, além do gasto com a nova adubação do solo e o desperdício do trabalho das pessoas que lidam diretamente com a colheita. São 20 mil empregos gerados com a plantação de cana. Esses incêndios criminosos ou ocorridos sem intenção colocam em risco toda a cadeia produtiva”, afirmou Edmundo Barbosa ao ClickPB.

Ainda segundo Edmundo Barbosa, o sindicato vem buscando parceria com o Corpo de Bombeiros para viabilizar melhorias na disseminação de informações para a sociedade e na educação de moradores da Zona Rural.

Além disso, todas as usinas em funcionamento na Paraíba possuem carros-pipa e pessoas especializadas para ação rápida em casos de incêndio controlado ou criminoso.

“Gostaríamos da retomada de programas para esclarecimento da população sobre a importância de se evitar queimadas ou de se jogar cigarro, por exemplo, em locais adequados. Usinas já perderam tratores, caminhões e os empregos são afetados por causa desses incêndios. Não chegamos ainda no momento mais crítico do ano, que vai ser em outubro e novembro, por isso toda forma de esclarecimento e ajuda que pudermos ter para redução dos incêndios é muito bem-vinda”,

Penalidades por conta dos incêndios nos canaviais da Paraíba

Por conta do fogo, mais de 180 boletins de ocorrência sobre incêndios já foram registrados pelas usinas que atuam na Paraíba. Pessoas que forem flagradas promovendo queimadas são enquadradas na Lei de Crimes Ambientais, com pena de dois a quatro anos de prisão, além de multa.

Se o incêndio causado expor perigo a vida, a integridade física ou ao patrimônio de outras pessoas a pena é de reclusão, variando entre três e seus anos, além de multa.

Em caso de incêndio não intencional, pessoas identificadas estão sujeitas a penas menores, variando entre seis meses e dois anos de detenção.

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