O padre Egídio de Carvalho, preso nesta sexta-feira (17), suspeito de desviar recursos do Hospital Padre Zé quando era diretor da instituição, gastou mais de R$ 100 mil com espumantes, champanhes, vinhos importados e uma adega de luxo que custa mais de R$ 8 mil. Conforme apurado pelo ClickPB, os valores foram pagos a uma única empresa durante o ano de 2022.
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De acordo com as investigações, anotações comprovam que o ex-diretor do Hospital Padre Zé ostentava bebidas importadas de alto valor e adquiridas com a mesma empresa. Em um dos cadernos que estava sob responsabilidade da ex-tesoureira da instituição, Amanda Duarte, há o registro de transferência no valor de R$ 16.800 para Vânia Raimunda da Silva, funcionária da Grand Cru Importadora Ltda, sediada em São Paulo. Além disso, foi encontrado na agenda do celular de Egídio, um contato registrado como ‘Vânia consultora de vinhos’.
Ainda de acordo com o documento obtido pelo ClickPB, entre os itens de luxo comprados pelo padre Egídio, está uma adega Brastemp Gourmet, que, segundo apuração do ClickPB, custa em torno de R$ 8 mil. Nos autos constam, ainda, nota fiscal de compra de vários vinhos, em junho de 2022, no valor total de R$ 29.024,13.
Como visto pelo ClickPB, as investigações apontam que, somente no ano de 2022 foram pagos a somatória de R$ 109.980 à Vânia Raimunda, da empresa Grand Cru Importadora. Este ano, os valores giram em torno de R$ 10 mil.
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