A Páscoa é uma festa móvel do calendário religioso cristão, comemorada 40 dias após a Quarta-Feira de Cinzas (1º dia da Quaresma). Geralmente celebrada entre abril e maio de cada ano. Este ano, a Páscoa será celebrada no dia 16 de abril. Uma data que lembra o dia da ressurreição de Jesus Cristo, de acordo com um decreto do papa Gregório 13, de 24 de fevereiro de 1582. Com ele, o papa também instituía o calendário (dito gregoriano) que vigora hoje em dia nos países ocidentais e na maioria das nações do mundo.
Dom Aldo Pagotto lembra a importância da celebração – O arcebispo da Arquidiocese da Paraíba, Dom Aldo de Cillo Pagotto, lembra o significado da Quaresma, que é uma das datas mais importantes do calendário da Igreja Católica, que antecede a Páscoa. Ele destacou também a importância da Campanha da Fraternidade 2006 que é destinada às pessoas que tenham algum tipo de deficiência, oportunamente realizada neste período.
Ele lembrou disse que este “é um período de conversão e penitência”, e que historicamente os primeiros cristãos faziam um longo período de preparação para a entrada nas comunidades. Para isso, abandonavam a vida pregressa, de pecados e de licenciosidades e se uniam a fim de exercitar a caridade e realizar boas obras, para poderem estar aptos a freqüentar a comunidade cristã.
Um pouco da história – Entre o fim da Antigüidade e o começo da Idade Média, as muitas dúvidas históricas e cronológicas que cercam a vida de Jesus foram “resolvidas” num Concílio (uma reunião de bispos) acontecido na cidade de Nicéia em 325 d.C., por convocação do imperador Constantino, o homem que fez do cristianismo a religião oficial do Império romano.
O Concílio de Nicéia estabeleceu que a comemoração da Páscoa se daria no primeiro domingo depois da lua cheia que ocorre no dia 21 de março, o início da primavera no hemisfério Norte. Desse modo, a ressurreição de Cristo seria identificada ao próprio renascimento de uma natureza amena e fértil que o continente europeu experimenta nessa época, após três longos meses de rigoroso inverno. No entanto, essa lua pontual assim não existia, exceto numa tabela da Igreja que facilitava cálculos.
Páscoa judaica – Convém lembrar que o cristianismo se origina no interior do judaísmo e que esta religião também tem a sua Páscoa. Na verdade, é do hebraico “Pessach” que se origina o termo português “páscoa”, o espanhol “pascua”, o italiano “pasqua” e o francês “pâques”.
Mas a Páscoa dos judeus tem um significado diferente da dos cristãos. Ela foi instituída na época de Moisés e comemora a libertação do povo de Israel, que fora escravizado pelos egípcios. Não é difícil visualizar a palavra “pessach” a palavra “passagem”, que dela deriva ao longo de muitos séculos. E, nesse sentido, a Páscoa judaica e cristã celebram passagens, respectivamente, do cativeiro à liberdade e da morte à vida.
Novos sabores festejam a Páscoa nos dias de hoje – Assim como os coelhos, os ovos também representam o nascimento, e segundo a tradição, os antigos cristãos do Oriente costumavam presentear seus amigos na Páscoa, com ovos coloridos. O costume se difundiu com o cristianismo, chegou a Europa e às Américas. Ovos reais ou feitos de pedras, devidamente enfeitados e pintados, têm um caráter inegavelmente decorativo e se tornaram comuns na Europa – em especial na Alemanha – no século 18.
Os ovos de chocolate surgiram no início do século 20, como bombons especiais para a comemoração da Páscoa. Diversas tradições culturais foram aproveitadas, então, para incentivar as vendas de chocolate, que os coelhinhos escondem nas casas das crianças, sejam ricas ou pobres.
Tudo isso foi tirando um pouco do caráter religioso da Páscoa cristã, principalmente nas grandes cidades. Na verdade, nos dias de hoje, o aspecto cristão da data comemorativa está mais ligado à sexta-feira que a antecede – a Sexta-feira Santa, que rememora a crucificação de Jesus Cristo. O comércio, a propaganda e o marketing têm se apropriado da Páscoa, da mesma maneira que com o Natal – que têm uma essência menos mística e mais festiva.
Lilla Ferreira
ClickPB
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