Mais de 800 trabalhadores de transporte coletivo em João Pessoa seguem com atividades suspensas devido ao movimento grevista que tenta reivindicar reajuste salarial. Em entrevista a uma emissora, o presidente do Sindicatos dos Motoristas e Trabalhadores das Empresas de Ônibus, Ronne Nunes, disse, nesta segunda-feira (27), que a situação da categoria segue defasada. Se por um lado sobram vagas de trabalho, por outro, faltam trabalhadores para enfrentar a jornada da profissão.
“…Eu não tenho, no meu Sindicato, nem cinco currículos aqui para colocar nas empresas….Ninguém quer mais trabalhar no sistema de transporte coletivo”, disse revoltado como acompanhou o ClickPB.
O salário inicial de um motorista é de R$ 2.598 para 7h de trabalho diário. A categoria conta com benefícios como vale alimentação, além de plano odontológico, mais uma comissão por assumir como cobrador.
Mesmo com aumento anual no valor da passagem que coloca João Pessoa como uma das tarifas de ônibus mais caras do país, R$ 5,20, os trabalhadores afirmam que esse valor não se reflete no salário. A greve segue sem previsão de término, enquanto a população enfrenta dificuldades no transporte público.
De acordo com informações obtidas pelo ClickPB, são mais de 180 mil pessoas atingidas pela falta de transporte público na Capital.
Em audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), realizada nesta segunda-feira (28), para viabilizar uma solução para o movimento grevista, entre os trabalhadores e o Sindicato (Sintur), a categoria rejeitou a proposta de 5% dada pelos empresários. Uma nova rodada de negociações deve ocorrer no TRT, nesta quarta-feira (29)
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