O Ministério Público Federal (MPF) na Paraíba vai ouvir a população do bairro de Mumbaba, em João Pessoa, sobre os efeitos da poluição do rio Gramame, ocasionada por empresas instaladas no Distrito Industrial. A consulta pública sobre o problema será realizada no dia 14 de março. O MPF vem investigando o despejo de produtos químicos no leito do rio desde 2004.
O evento acontece na Igreja Assembleia de Deus de Mumbaba, situada na Rua Almerindo Luís da Silva, s/n, próximo ao campo de futebol, no Distrito Industrial, em João Pessoa (PB), com início às 13h30. Promovida pelo Fórum Permanente de Proteção ao Gramame, a consulta será aberta a toda a sociedade e será presidida pelo procurador Regional dos Direitos do Cidadão, José Godoy Bezerra de Souza.
O problema chegou inclusive a resultar em um estudo elaborado pela UFPB, com o objetivo de avaliar o despejo de produtos químicos no leito do Rio Gramame, bem como verificar se a contaminação detectada no rio também chega às torneiras da capital, que também é abastecida pelo manancial.
Também há trabalhos com empresas para a recuperação, prevenção e compensação por danos ambientais, reuniões com gestores e análises de questões sobre efluentes despejados no rio e resíduos sólidos, segundo o MPF.
Dentre as empresas que constam nos autos do processo estão empresas como: Ambev, Coteminas, LDC Bioenergia (Antiga Giasa), Biosev e Conpel.