Os promotores do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Estado (MPPB), foram pegos de surpresa com a presença do Padre Egídio de Carvalho, nesta sexta-feira (06), na sede do órgão. Informações obtidas com exclusividade pelo ClickPB, revelam que não havia nenhum agendamento prévio para ouvir o religioso a respeito das denúncias sobre condutas criminosas por parte do padre.
A reportagem do ClickPB tentou contato com Sheyner Asfora, advogado do Padre Egídio, para saber sobre a presença do religioso no Gaeco, mas as ligações não foram atendidas e nem as mensagens respondidas.
O fato é que o religioso, alvo da “Operação Indignus” deflagrada pelo Gaeco, junto com a Polícia Civil da Paraíba, Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social, Secretaria de Estado da Fazenda da Paraíba e Controladoria-Geral do Estado, está na sede do Gaeco onde se apresentou para prestar depoimento sobre o caso.
Ontem (05), o ClickPB deu em primeira mão que o religioso se apresentaria. O advogado Sheyner Asfora contou com exclusividade ao ClickPB que já havia sido autorizado pelo padre Egídio a procurar o Gaeco e marcar data para seu depoimento.
Sobre a operação
A força-tarefa que deflagrou a operação tem como objetivo apurar os fatos que indicam possíveis condutas criminosas ocorridas no âmbito do Instituto São José, do Hospital Padre Zé e da Ação Social Arquidiocesana/ASA. Segundo as investigações há indícios de possíveis desvios de recursos públicos destinados a fins específicos, por meio da falsificação de documentos e pagamento de propinas a funcionários vinculados às referidas entidades.