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Ministério Público acata justificativas do MDR e bombeamento da Transposição segue suspenso

O MPF foi informado que, por questão de prevenção, foi preciso realizar a suspensão em razão da necessidade de realizar estudos para reparos na barragem de Cacimba Nova.

Ministério Público acata justificativas do MDR e bombeamento da Transposição segue suspenso

Transposição do Rio São Francisco — Foto:Divulgação

O manifesto realizado em Monteiro nesse domingo (1º) pedindo, entre outras coisas, a volta do bombeamento da água da Transposição, não surtiu muito efeito e a suspensão vai continuar. É que o Ministério Público Federal (MPF), na cidade, informou que não há razões para não acatar as justificativas técnicas do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) acerca da suspensão de bombeamento de água nessa fase de testes.

A procuradora do MPF em Monteiro, Janaina Andrade, ressalta que o projeto da transposição não foi idealizado para realizar bombeamento contínuo de água para os açudes da Paraíba. “O MPF em Monteiro desconhece a existência de qualquer documento ou ato normativo que obrigue o bombeamento de água no eixo leste da transposição, meta 3 L, sem o início da operação comercial”, disse Janaina.

Ainda segundo a procuradora, no tocante à última suspensão do bombeamento, no final de agosto, o MPF em Monteiro foi informado pelo MDR que, por questão de prevenção, foi preciso realizar a suspensão em razão da necessidade de realizar estudos para reparos na barragem de Cacimba Nova, em Pernambuco. “E é importante destacar ainda que, de acordo com as informações técnicas do setor de engenharia do MPF/PB, não há relação entre a atual suspensão de bombeamento e rachaduras no canal”, acrescentou.

Irrigação na Vila Produtiva                        

Também foi informado pelo MPF que, em resposta à recomendação dos Ministérios Públicos Federal e Estadual, o Ministério do Desenvolvimento Regional informou que está adotando providências necessárias para implementar sistemas de irrigação na Vila Produtiva Rural Lafayette, conforme estabelece o Projeto de Integração do Rio São Francisco (Pisf).

Mais de dois anos depois da chegada das águas do ‘Velho Chico’ à Paraíba, a comunidade tradicional – formada por 61 famílias prejudicadas com as obras da transposição – ainda não consegue produzir, embora tenha água para consumo humano. 

Esgotamento                     

Quanto ao esgotamento sanitário no município de Monteiro, primeiro a receber as águas do São Francisco no estado, o MPF enviou ofício à prefeitura para que informe se as obras de saneamento foram concluídas e se vem fiscalizando o lançamento indevido de esgotos e/ou ligações clandestinas no canal da transposição.

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