Segundo dados do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador – Cerest de João Pessoa, essa é uma das categorias com maior índice de afastamento por adoecimento psicológico causado pelo assédio dentro das agências. — Foto:Reprodução
Cresce o número de adoecimento motivado por questões psicológicas em bancários. O presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Lindonjhonson Almeida, em entrevista ao programa Arapuan Verdade, nesta quinta-feira (9), explicou que a situação segue se agravando e que mais de 17 bancários estão afastados por problemas mentais só em João Pessoa.
“A categoria está adoecendo e a situação se agrava com o aumento do assédio, que traz cobranças por meio de metas abusivas, além da redução dos quadros de funcionários que acarreta na sobrecarga de trabalho. São trabalhadores que relatam acúmulo de trabalho, metas abusivas constantes com vendas de produtos e demais situações que trazem danos para esses trabalhadores”, explicou como acompanhou o ClickPB.
Segundo dados do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador – Cerest de João Pessoa, essa é uma das categorias com maior índice de afastamento por adoecimento psicológico causado pelo assédio dentro das agências.
“Só ano passado, conforme os dados mais atuais, a nível de João Pessoa, dos 48 atendimentos realizados, 17 bancários seguem afastados pelo INSS e estão impossibilitados de retomar as atividades laborais em João Pessoa por adoecimento psíquico”, revela relatório do Cerest. Quanto ao cargo 100% são gerentes de contas física ou jurídica.
O presidente do Sindicato destacou ainda que com o objetivo de ajudar a promover o enfrentamento de condutas danosas no ambiente de trabalho bancário, como o assédio moral e sexual, será lançado, nesta quinta-feira (9), a cartilha “Assédio Adoece e Mata”, a partir das 19h, na sede da entidade, localizada na Avenida José Américo de Almeida, nº 3100, Tambauzinho.
Segundo ele, a cartilha reúne diversas orientações e definições de assédio, violência de gênero e discriminação. “A iniciativa contribui com o enfrentamento e a criação de mecanismos para a prevenção dessas formas de violência no ambiente de trabalho. A cartilha também lista canais de denúncia, equipes de acolhimento e demais ferramentas de apoio às vítimas”, destacou.
A juíza do Tribunal Regional do Trabalho da 8º Vara do Trabalho de João Pessoa e diretora da Escola Superior da Magistratura Trabalhista -ESMAT13, Dra. Francisca Poliana Aristóteles Rocha de Sá será a palestrante do evento.
