Foi aberto na noite desta segunda-feira no Hotel Ouro Branco, os trabalhos do maior evento brasileiro da cultura de Urucum, o Simbrau, que reunirá durante quatro dias cerca de 500 pessoas de todo o norte e nordeste do País, entre pesquisadores, empresários, estudiosos, entre outros. O evento está sendo promovido pelo Governo do Estado através da Emepa e conta com a parceria de instituições federais, estaduais, municipais e empresários da área de industrialização.
Segundo o coordenador do evento e diretor técnico da Emepa, Camilo Flamarion, o evento é sem dúvida mais um trabalho dinâmico em busca da sustentabilidade e da eficiência competitiva da cultura do urucum na agricultura nacional, com perspectiva de que o resultado dessa obra será transformado em benefícios sociais e econômicos para o Nordeste e o Brasil.
O urucuzeiro (Bixa orellana L.) tem grande importância para o desenvolvimento sócio-econômico das regiões Norte e Nordeste do Brasil, onde 78,2% do seu cultivo provêm da agricultura familiar sob condições de sequeiro, com custos reduzidos de implantação, se comparado com outras culturas, ressaltou Camilo Flamarion.
Segundo ele, as sementes dessa planta se destacam como importante matéria-prima para a obtenção dos corantes Bixina e Norbixina, devido às suas características de produto natural, não tóxico, elevado poder tintorial e amplo espectro de cores, utilizados para coloração de produtos alimentícios, cosméticos, farmacêuticos e têxteis, além de serem usados como condimentos culinários (colorau).
O colorau é consumido por mais de 140 milhões de brasileiros e, em algumas regiões do País, supera 500 g/per capita/ano. O mercado interno com o urucum envolve cerca de 1 milhão de pessoas na sua produção, sobretudo, no fabrico do colorau. Seu consumo não é prejudicial à saúde, pois além de reduzir o colesterol total e triglicerídeos, possui altos teores de proteínas e aminoácidos essenciais, comentou o diretor técnico da Emepa.
Fonte: Secom
