Decisão

Justiça da Paraíba dá prazo de cinco dias para 123 Milhas emitir passagens ou reembolsar clientes

A decisão juíza da 9ª Vara Cível de Campina Grande, Andréa Dantas Ximenes, beneficia todos os consumidores do território nacional.

Justiça da Paraíba dá prazo de cinco dias para 123 Milhas emitir passagens ou reembolsar clientes

No último dia 18, a 123 Milhas anunciou o cancelamento dos pacotes da linha PROMO — Foto:Reprodução

A empresa 123 Milhas tem cinco dias para emitir as passagens ou reembolsar os clientes que não tiverem interesse na utilização de voucher. Em caso de descumprimento, a multa é de R$ 5 mil para cada bilhete não emitido ou negativa de restituição do valor integral. 

Conforme acompanhou o ClickPB, a decisão juíza da 9ª Vara Cível de Campina Grande, Andréa Dantas Ximenes, que pode ser a primeira no Brasil proferida em uma ação coletiva, beneficia todos os consumidores do território nacional lesados pela conduta da empresa. A ação foi impetrada pela Defensoria Pública do Estado (DPE).

No último dia 18, a 123 Milhas anunciou o cancelamento dos pacotes da linha PROMO para o período de setembro a dezembro de 2023. Só no estado na Paraíba, estima-se que haja centenas de ações individuais contra a empresa.

Para o coordenador de Direitos Humanos e Ações Coletivas da DPE em Campina Grande, Marcel Joffily, a decisão é importante e veio em uma boa hora para os consumidores de todo o país, especialmente diante das dificuldades de conseguir contatos com a empresa. 

“A decisão poderá beneficiar todas as pessoas que ingressaram com ações individuais por todo o Brasil, benefício este que é uma das principais vantagens de uma ação coletiva. Inclusive, a decisão, caso seja voluntariamente cumprida pela 123 Milhas, poderá encerrar a crise instaurada na última semana, prejudicando milhares de consumidores em todo o país”, pontuou o defensor, autor da ação civil pública.

Na decisão, a magistrada afirma que viagens exigem uma logística de preparação, muitas vezes havendo reserva de hospedagens e compra de ingressos para eventos. “Enfim, cria-se toda uma expectativa que não pode ser frustrada ao bel prazer da demandada”, ressaltou.

Ela também justificou a tutela de urgência em razão da enorme quantidade de ações judiciais protocoladas nos últimos dias pelo mesmo motivo e o risco de descontinuidade da atividade comercial por parte da empresa. 

De acordo com o defensor público Marcel Joffily,  a Defensoria não descarta a adoção de outras medidas em relação à empresa, que pode recorrer da decisão proferida na noite desta quinta-feira (24).

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