A greve dos auditores fiscais da Receita Federal começou na terça-feira (2) e já conseguiu 80% de adesão em todo o Estado da Paraíba. A greve por tempo indeterminado, segue a paralisação nacional da categoria que reivindicam um reajuste de 90% nos salários que atualmente variam de sete a nove mil reais. Com a nova tabela de salários, o piso de um auditor passaria a ser R$ 16,34 mil reais.
Segundo o presidente da Delegacia Sindical na Paraíba, Geraldo Medeiros, a tendência do movimento é crescer, uma vez que o mesmo está ganhando força em todos os estados brasileiros. No Porto Seco de Goiás, 60 caminhões estavam parados na manhã de hoje, esperando a liberação, assim como carros importados da Coréia, também esperavam liberação para chegar às concessionárias. Na Paraíba, só os produtos de uso urgente estão sendo liberados.
Vale ressaltar que em menos de trinta dias, houve duas intervenções de medicamentos nos portos do Brasil, primeiro pela greve dos servidores da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e agora, pela greve dos auditores.
De acordo com Medeiros, a defasagem nos salários da categoria chega a faixa de 80%, por isso eles pedem a reestruturação de carreira. Medeiros informou que desde 1996, vem acontecendo o desequilíbrio no salário desses profissionais. “Recebemos 46% do salário de um desembargador”, ressaltou. Ele lembra que há dez anos, o salário do auditor estava no mesmo patamar do delegado de Polícia Federal.
Na próxima quinta-feira (11), haverá uma assembléia para decidirem se continuam a greve ou se retornam as atividades normais.
Valéria Sinésio
ClickPB
