A operação Hades, do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), contra crimes de fraude fiscal e “lavagem” de capitais no setor de combustíveis, cumpriu mandados em Teresina nesta terça-feira (8). A ação policial foi deflagrada pelo Ministério Público do Maranhão, mas também cumpriu mandados no Piauí, São Paulo e Rio de Janeiro.
Conforme o MPMA, em apoio à 4ª Promotoria Regional de Defesa da Ordem Tributária e Econômica, em Timon, a operação Hades visa desarticular uma organização criminosa investigada por praticar esses crimes, além disso, também, restituir aos cofres públicos cerca de R$ 305 milhões.
Ao todo estão sendo cumpridos 20 mandados de busca e apreensão e de sequestro e arresto (apreensão) de bens nas cidades maranhenses de Caxias, Peritoró e Miranda do Norte, além de Campinas (SP) e no Rio de Janeiro. Participam das ações no estado 17 promotores de justiça e dois delegados de polícia.
Conforme a denúncia, uma organização criminosa da cidade de Caxias, no Maranhão, criou uma empresa de contabilidade e montou empresas de fachadas. Essas empresas compravam álcool na região Sul do país como se fossem usar na indústria, que tem o imposto menor, de 6%.
Porém, o álcool comprado para a indústria era destinado para postos de combustíveis. O imposto que deveria ser pago era de 27%. O prejuízo de impostos não pagos ultrapassam 304,5 milhões.
A operação, que conta com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) é realizada em parceria com a Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz) e a Agência Nacional de Petróleo (ANP). Os policias rodoviários atuaram em diversos estados com viaturas e uma aeronave.
Hades
Na mitologia grega, Hades era considerado um deus do submundo, estando associado a sombras e segredos. O nome da operação faz referência à fraude fiscal oculta patrocinada por famílias que atuam no setor de combustíveis, simbolizando a busca por revelar e punir as atividades ilegais.