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Filhote de peixe-boi resgatado em praia na Paraíba recebe nome do pescador que o encontrou; animal deve ficar dois anos em ‘reabilitação’

O peixe-boi, como trouxe o ClickPB, tem poucos dias de vida e encalhou na praia de Oiteiro. Após o resgate, a filhote foi levada para o Centro de Mamíferos Aquáticos (CMA), onde foi medido e pesado.

Filhote de peixe-boi foi encontrado em praia de Rio Tinto.

Filhote de peixe-boi foi encontrado em praia de Rio Tinto. (foto: Fundação Mamíferos Aquáticos/Projeto Viva o Peixe-boi Marinho)

O filhote de peixe-boi encontrado na última quinta-feira (07) em uma praia deserta no município de Rio Tinto, Litoral Norte do estado, recebeu o nome de um pescador da região.

Conforme apurou o ClickPB, o pescador Arnaldo foi o responsável por acionar as equipes do Projeto Viva o Peixe-Boi Marinho e do Instituto Chico Mendes (ICMbio) para resgatar o filhote.

O mamífero, como trouxe o ClickPB, tem poucos dias de vida e encalhou na praia de Oiteiro. Após o resgate, a filhote foi levada para o Centro de Mamíferos Aquáticos (CMA), onde foi medido e pesado.

Após avaliação, foi registrado que ela tinha 94 centímetros e 15,2 quilos.

De acordo com a equipe da Fundação Mamíferos Aquáticos (FMA), responsável pelo Projeto Viva o Peixe-Boi Marinho, o filhote está bem e está recebendo todos os cuidados necessários.

Depois, ele seguirá em reabilitação até poder ser reintroduzido novamente ao ambiente natural.

“O tempo varia de animal pra animal mas é um tempo maior que 2 anos que é tempo médio de cuidado parental entre mãe e filhote em ambiente natural”, explicou ao ClickPB Tamara Brito, agente temporário ambiental da Área de Proteção Ambiental (APA) do Mamanguape.

Até o momento a mãe do filhote não foi identificada.

Área na Paraíba é destaque na proteção do peixe-boi marinho

A Área de Proteção Ambiental da Barra do Rio Mamanguape existe desde 1993 e abrange quatro municípios: Lucena, Rio Tinto, Marcação e Baía da Traição. No local, podem ser vistas fêmeas com filhotes, além de grupos do mamífero.

Isso tudo, porque nessa região há boa qualidade da água, sítios de atenção (locais cercados dentro do mangue para a readaptação do mamífero) e águas protegidas por um extenso recife de corais.

Área de Proteção Ambiental (APA) da Barra do Rio Mamanguape foi criada em 1993. (foto: Joaquim Neto/acervo pessoal)
Área de Proteção Ambiental (APA) da Barra do Rio Mamanguape foi criada em 1993. (foto: Joaquim Neto/acervo pessoal)

A Fundação Mamíferos Aquáticos (FMA) com o apoio da Petrobrás realiza o monitoramento do animal não só no Rio Tinto, mas em grande parte da costa nordestina através do projeto denominado “Viva o Peixe Boi Marinho”.

De acordo com o pesquisador João Carlos Gomes Borges, coordenador do projeto, apesar de parte dos animais terem sido soltos na Paraíba, como eles estão livres, eles podem permanecer ou não na região.

“Alguns se encontram na APA do Mamanguape, mais precisamente no estuário do rio Mamanguape. Em outras ocasiões podem se deslocar, então, tem momento que alguns animais se encontram na região de Cabedelo e em qualquer outro local que o animal, por ventura, tenha algum tipo de motivação para se descolar”, explicou.

Os estados do Rio Grande do Norte, Ceará e Paraíba são os que mais se observam o encalhe dos peixes-bois.

| Confira fotos do resgate do filhote de peixe-boi marinho:

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