Em luto

Familiares pedem justiça e prestam homenagens a empresário morto na Paraíba pela Polícia Civil de Sergipe

Geffeson foi rendido e baleado por policiais civis de Sergipe, em Santa Luzia, no Sertão da Paraíba, hoje quando cruzou com os policiais sergipanos na estrada e foi considerado suspeito.

Familiares pedem justiça e prestam homenagens a empresário morto na Paraíba pela Polícia Civil de Sergipe

A Polícia Civil paraibana vai investigar a conduta dos sergipanos na situação que levou à morte do empresário Geffeson Moura, que não tinha passagem pela polícia. — Foto:Reprodução/Redes Sociais

Familiares de Geffeson de Moura Gomes, morto pela Polícia Civil de Sergipe em operação na Paraíba, nesta quarta-feira (17), prestaram homenagem ao empresário de 32 anos, nas redes sociais. A esposa declarou o amor que sente por Geffeson e lamentando o fato dele não estar mais presente na vida da filha, ainda criança. Geffeson foi rendido e baleado por policiais civis de Sergipe, em Santa Luzia, no Sertão da Paraíba, na madrugada de hoje quando cruzou com os policiais sergipanos na estrada e foi considerado suspeito.

“Você foi e será quem eu mais amei. Eu sempre vou te amar. A nossa filha não pode ficar sem você”, escreveu Mara Lisboa, mãe da filha de Geffeson, em diversas publicações no Instagram, segundo apurou o ClickPB.

Em entrevista à TV Paraíba, mais cedo, o irmão dele, Gleriston Moura, pediu que o crime seja elucidado e estranhou o fato de Geffeson ter sido baleado mesmo estando sozinho no carro durante a abordagem. A irmã, Gabriella Moura, contou que falou com Geffeson até o momento em que ele jantava em Soledade para seguir viagem até Cajazeiras, onde ficaria na casa dela para dar suporte na internação do pai, que está com Covid-19. Em áudio, Geffeson enviou a seguinte mensagem à irmã. “Vou dormir aí, que mainha mandou eu dormir aí. Eu tô em Soledade. Eu vou chegar aí meia noite e meia, no máximo. Tem vaga aí? Se não tiver, eu deixo o carro na rua mesmo. Tem problema não.”

Saiba mais

Conforme apurou o ClickPB, Geffeson, que morava em João Pessoa, estava viajando sozinho para Cajazeiras, onde nasceu, para acompanhar juntamente com os irmãos a situação do pai, que está internado com Covid-19. Ele foi abordado pela Polícia Civil de Sergipe, teria reagido, e o delegado sergipano Osvaldo Resende Neto atirou. Geffeson Moura foi deixado sem vida na porta de um hospital em Santa Luzia.

O delegado Sylvio Rabelo explicou ao ClickPB que a Polícia Civil de Sergipe vinha seguindo um grupo criminoso responsável por roubos a bancos e roubos de cargas e avisou a polícia paraibana que estaria realizando a operação apenas uma hora antes de deixar o corpo do rapaz na porta de um hospital da região. Segundo ele, os policiais paraibanos tentaram se integrar à operação, mas, ao chegarem ao local, a situação já havia saído de controle.

A Polícia Civil paraibana vai investigar a conduta dos sergipanos na situação que levou à morte do empresário Geffeson Moura, que não tinha passagem pela polícia.

A Polícia Civil de Sergipe emitiu a seguinte nota em relação à morte de Geffeson Moura.

Confira na íntegra

Nota

A Polícia Civil de Sergipe informa que foi deflagrada uma operação no final da noite desta terça-feira, 16, na cidade de Santa Luzia, sertão da Paraíba, pelo Departamento de Narcóticos (Denarc) a fim de tentar prender um grupo envolvido com tráfico interestadual de drogas. Os policiais estavam há alguns dias em diversas partes do Nordeste do país monitorando a quadrilha com o intuito de cumprir mandados de prisão, expedidos pela Justiça de Sergipe.

Na altura da cidade de Santa Luzia, na Paraíba, no final da noite desta terça-feira (16), foi montado um bloqueio policial, onde vários veículos suspeitos foram parados. Os policiais se depararam com um homem em um veículo e na abordagem, o motorista identificado como Gefferson de Moura Gomes estava armado, esboçou uma reação e foi atingido, sendo encaminhado imediatamente para uma unidade hospitalar.

O veículo e a arma de fogo foram apreendidos e apresentados pelos policiais na Delegacia Plantonista da cidade de Patos/PB. Os policiais prestaram depoimento ao delegado plantonista e apresentaram a arma e o carro apreendidos. Também foi colocado à disposição da Perícia Criminal e da Polícia Civil da Paraíba as armas de fogo utilizadas pelos policiais civis sergipanos durante a ação.

A Polícia Civil de Sergipe disponibiliza desde as primeiras horas do desfecho da ocorrência todas as informações necessárias às autoridades paraibanas. Os relatos prestados pelos policiais civis sergipanos constam em inquérito policial que já foi instaurado para apurar a ocorrência. A perícia também foi acionada para realizar os exames nas armas de fogo e veículo.

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