A falta de medicamento nas farmácias de João Pessoa segue tirando o sono de muitos pais que enfrentam noites em claro cuidando dos filhos, mas sem conseguir continuar o tratamento indicado pelos médicos. O fato tem gerado um retorno de bebês e crianças aos hospitais. Essa foi a constatação do médico, diretor do Hospital Clementino Fraga, Fernando Chagas, em entrevista ao ClickPB, nesta terça-feira (7).
“O aumento dos casos de gripes já era esperado, mas houve uma sobreposição de muitas doenças de uma vez só. No início do ano, tivemos mais arborvitaes, em seguida doenças diarreicas em crianças e idosos, e nos demais meses, as doenças respiratórias. Com a mudança do clima, as chuvas, as pessoas se aglomeram e os vírus respiratórios acabam transmitindo mais. No começo do ano todo mundo estava se cuidando por conta da covid-19, usando máscaras e evitando aglomerações, então se adoeceu menos. Logo depois, começou a liberar mais e sair mais, então apareceu de uma vez só todas essas doenças. “, explicou.
“Para completar esse cenário, enfrentamos um desabastecimento da indústria farmacêutica em todo o país. Se passarmos um remédio como antibiótico para os país comprarem corre o risco de não acharem. Vai ser difícil achar nas farmácias. Está faltando esses produtos e outros, como o soro. Então, isso contribui mais para esses aumentos, pois a criança acaba voltando para os atendimentos nos hospitais”, avaliou.
Um dos gerentes de uma rede de farmácias da cidade destacou que o repasse desses medicamentos continuam sem previsão. Os remédios mais procurados e que estão em falta nas prateleiras são: Novalgina Baby, Amoxilina, Cefaclor, entrou outros. “Os pedidos são sempre reforçados, mas permanecemos com a falta desses medicamentos. Não é algo local, diversas distribuidoras passam pelo mesmo problema”, disse.
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