Paraíba

Faepa teme redução de caprinocultura na região do Cariri paraibano

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Desde 1999, com o advento dos programas Pro Cariri e Aprisco, que a região do Cariri paraibano tem uma dotação específica, oriunda dos Sebrae local e Nacional, para investimentos em caprinobovinocultura. Até 2004, a destinação de recursos era realizada de forma equilibrada, mas, nos dois últimos anos, os investimentos migraram para a bovinocultura, em detrimento da caprinocultura. Esse direcionamento tem preocupado a Federação da Agricultura e Pecuária da Paraíba (Faepa) que teme uma redução, ainda maior, da criação de caprinos na região.

“O clima do Cariri é bem mais favorável à criação de caprinos do que bovinos, daí ser importante investir na vocação natural da região”, esclarece o presidente da Faepa, Mário Borba. Ele destaca que há bem pouco tempo, a região do Cariri produzia cerca de 15 mil litros de leite de cabra, diariamente, entre os meses de janeiro a julho (época de maior produtividade do rebanho) e que, atualmente, a produção já sofreu uma redução significativa. “Se os investimentos continuarem priorizando a bovinocultura, a caprinocultura da região ficará seriamente comprometida”, atesta Mário Borba.

Para tentar reverter essa situação, a Faepa está realizando um levantamento da atual situação para elaborar um documento a ser entregue, ainda esse mês, as gerências regionais do Banco do Brasil (BB) e do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), além do próprio Sebrae e Secretaria de Agricultura do Estado. “Vamos não apenas traçar um perfil do atual quadro de criação de gado e cabra e produção de leite da região do Cariri, como vamos propor critérios de destinação de recursos para que se possa contemplar toda a cadeia produtiva de forma mais eficiente, principalmente, priorizando a vocação natural daquela região, além de definir algumas estratégicas para reequilibrar essa questão”, disse Borba.

Para se ter idéia da disparidade na destinação de recursos, basta lembrar que em 2005, apenas 20% dos recursos do Pro Cariri e do Aprisco foram destinados para a caprinocultura. A bovinocultura abocanhou 80% dos investimentos. Este ano, a situação ficou ainda pior. Do total de recursos disponibilizados, 95% foram destinados a bovinos e, apenas, 5% para caprinos. “Isso mostra o equívoco que se está cometendo naquela região”, finalizou o dirigente da Faepa.

Fonte: Secom PB

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