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Escândalo do Padre Zé: defesa do padre Egídio diz que não vai se pronunciar sobre denúncias feitas por Samuel Segundo

Defesa, capitaneada pelo advogado Sheyner Asfora, falou que padre Egídio está à disposição das autoridades para colaborar com as investigações.

Escândalo do Padre Zé: defesa do padre Egídio diz que não vai se pronunciar sobre denúncias feitas por Samuel Segundo

Sheyner Asfora é o advogado do padre Egídio de Carvalho — Foto:Reprodução

A defesa do padre Egídio de Carvalho, ex-diretor presidente do Hospital Padre Zé, encaminhou ao ClickPB uma nota informando que não vai se pronunciar sobre as diversas denúncias feitas por Samuel Segundo, ex-funcionários do hospital, que acusou, neste sábado (21), padre Egídio de beneficiar familiares em bazares e determinar a venda de equipamentos doados ao hospital para ficar com o dinheiro.

Como apurado pelo ClickPB, além de não se pronunciar sobre as acusações, a defesa, capitaneada pelo advogado Sheyner Asfora, falou que padre Egídio está à disposição das autoridades para colaborar com as investigações.

Confira abaixo a nota na íntegra:

NOTA À IMPRENSA PARAIBANA

Diante das últimas declarações à imprensa do sr. Samuel Segundo, informo que – na defesa dos interesses do padre Egídio de Carvalho Neto – não irei me pronunciar, por ora, sobre o teor das declarações que estão sendo veiculadas pelos meios de comunicação.

Esclareço, ainda, que o padre Egídio de Carvalho Neto, desde o primeiro momento que soube que está sendo investigado, se colocou à disposição para colaborar com as investigações tendo, inclusive, comparecido pessoalmente na sede do GAECO e assim segue no aguardo da oportunidade para prestar suas declarações de forma oficial perante a autoridade competente que preside o procedimento investigatório criminal que se encontra em segredo de justiça. 

Destaco que a defesa técnica ainda não teve acesso à íntegra dos elementos da investigação e nem aos depoimentos que estão sendo colhidos no âmbito do Ministério Público. 

Seguimos à disposição do Ministério Público para contribuir com a investigação e atuando com muita responsabilidade e zelo com estrita observância aos princípios que regem a advocacia criminal. 

Relembre o caso

O escândalo no Hospital Padre Zé veio à tona no mês passado, após uma denúncia de furto de celulares no local. Os equipamentos haviam sido doados pela Receita Federal para o hospital e deveriam ter sido vendidos em um bazar beneficente para angariar recursos para o hospital.

Porém, os celulares foram furtados e vendidos e as investigações apontam para o envolvimento do Padre Egídio de Carvalho, que era diretor-presidente da unidade, e do ex-funcionário Samuel Segundo.

Em meio ao escândalo do furto dos celulares, o padre Egídio de Carvalho Neto, renunciou ao cargo de presidente do Hospital Padre Zé.  O pedido foi aceito pelo arcebispo Dom Manoel Delson. Padre Egídio estava há mais de cinco anos à frente do hospital, fundado há quase 90 anos. Além de estar na gerência da unidade, ele também atuava como pároco da Igreja Santo Antônio, cargo do qual também renunciou.

Procurada pelo ClickPB para comentar a denúncia, a defesa do padre Egídio de Carvalho não retornou o contato até a publicação desta matéria.

Furto de meio milhão

No último dia 2, a Justiça autorizou o bloqueio de contas e a quebra de sigilo bancário de Samuel Segundo. O pedido de quebra de sigilo e bloqueio foi feito pela delegada Karina Torres, da Polícia Civil, conforme apurou o ClickPB, e contou com ‘prints’ de conversas de Samuel negociando a venda de iPhones e outros itens.

A delegada aponta que “restou evidenciado, com fulcro na investigação, que Samuel Segundo incorreu no delito de furto qualificado, causando o prejuízo de R$ 525.877,77 (quinhentos e vinte e cinco mil, oitocentos e setenta e sete reais e setenta e sete centavos), referente aos produtos furtados no interior do Hospital Padre Zé.”

Operação do Gaeco

No último dia 5, o padre Egídio de Carvalho foi um dos alvos dos mandados de busca e apreensão da operação deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado do Ministério Público do Estado da Paraíba (Gaeco). Conforme apurou o ClickPB com exclusividade, além do pároco outras pessoas da administração do hospital também foram alvos. 

Entre estas pessoas está a diretora administrativa do hospital, Jannyne Dantas e a tesoureira da unidade hospitalar filantrópica, a Amanda Duarte. Segundo apurou o ClickPB, na ocasião, a operação tem como objetivo apurar os fatos que indicam possíveis condutas criminosas ocorridas no âmbito do Instituto São José, do Hospital Padre Zé e da Ação Social Arquidiocesana (ASA).

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