Em entrevista ao ClickPB, o diretor clínico do Hospital Estadual Napoleão Laureano, José Batista Simões afirmou que mesmo com os atendimentos atrasados e falta de medicamentos, não houve crise no último mês de janeiro. “O que ocorreu foi uma falta de repasse da verba do SUS para compra de medicamentos, e sem tratamento não há como se tratar o câncer. Mas agora está tudo regularizado.”
A direção esclareceu que a confusão foi causada a partir do momento em que os pacientes, não atendidos pela falta de verba Sistema Único de Saúde, procuravam o Ministério Público Estadual, que notificava o órgão. “Por isso a visita do Governador Cássio Cunha Lima, que se comprometeu a liberar R$ 100 mil por seis meses até que a verba do SUS fosse suficiente para cobrir os gastos. Graças à antecipação da verba do Governo do Estado estamos com nossa situação regularizada.”
Desde o ocorrido, o Ministério Público Federal enviou uma equipe de profissionais do Ministério da Saúde para realizar auditoria no Hospital Laureano. A fiscalização iniciada no último dia 6, encerrou na tarde desta quinta-feira (22). A previsão de divulgação do relatório é de 40 dias. De acordo com o resultado do relatório o Ministério da Saúde vai decidir se aumenta o teto dispensado ao Laureano, de R$500 mil somente para o setor de quimioterapia, o de maior demanda.
Fundado há mais de 45 anos, o hospital tem uma equipe de 700 funcionários, divididos em 30 especialidades diferentes. São clínicos, cirúrgicos, odontólogos, pediatras e outros profissionais que se revezam dia e noite para atender mais de dois mil doentes por mês. “Eles nem pedem aumento de salário, porque têm consciência das dificuldades que o hospital está passando”, disse João Simões. Além disso, de acordo com o diretor, o órgão já contratou por “conta própria”, 250 novos funcionários responsáveis pela agilização dos atendimentos acumulados em janeiro.
O Napoleão Laureano é referência no tratamento do câncer. Já foi premiado por duas vezes seguidas com o Certificado “Selo Verde de Qualidade”. O prêmio é concedido aos estabelecimentos que prezam pela saúde dos doentes, cumprindo a Lei Estadual nº 7.026/2004.
Lívia Falcão
ClickPB
Diretor do Laureano afirma: “Nunca houve crise”
A direção esclareceu que a confusão foi causada a partir do momento em que os pacientes, não atendidos pela falta de verba Sistema Único de Saúde, procuravam o
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