Paraíba

Dia Internacional da Prostituta é comemorado com eventos culturais na

Por volta da meia-noite, na boate Scalla, haverá a “Festa do Cabaré”, com desfile de roupas íntimas

No Dia Internacional da Prostituta, que é comemorado mundialmente nesta sexta-feira, 2, João Pessoa terá comemorações a partir das 15h no Pavilhão do Chá, na Praça Venâncio Neiva, centro de João Pessoa. Exposições, parede poética, roda de capoeira e debate sobre a regulamentação da profissão, estão dentro da programação.

A partir das 15h, começa a exposição “Muro Imaginário”; o “Gigabrow” – 1º Festival Internacional de Humor DST & Aids; “Parede Poética”, com a participação de Luciano Félix, Seri, Nani, Moriconi, Gero, Spacca, Dálcio, Kang, J. Bosco, Ronaldo, Jarbas, Junião, Santiago e Moa; e Valmir Júnior, com o “Comendo Poesia”.

Logo após acontece uma “Roda de Diálogo”, quando será discutida a regulamentação da profissão das prostitutas. Depois é a vez do “Assalto Poético”, com Edmilson Cantalice, Zanoni Yberville, Esdras Pessoa, Alan Rigo, Valban Lopes, Nelson Barbosa de Araújo e Ailton Ramalho.

Também será apresentado ao público a partir das 18h40, a exibição de três filmes paraibanos. “O Meio do Mundo”, com direção de Marcus Villar; “Cão Sedento”, com direção de Bruno de Sales, e “As Costelas de Eva”, cuja direção é de Pablo Maia.

A noite acontece ainda a realização do Projeto Glória Vasconcelos, a partir das 22h, quando serão apresentados os grupos Clã-Destinos e Banda Ilê-Odara. Por volta da meia-noite, na boate Scalla, haverá a “Festa do Cabaré”, com desfile de roupas íntimas.

A partir daí a festa fica por conta da dos Djs Nazareno e Dowling. Os ingressos da festa estão sendo vendidos ao preço de R$ 1,00 (mulher) e R$ 2,00 (homem).

História

No dia 2 de junho de 1975, 150 prostitutas ocuparam a igreja de Saint-Nizier, em Lyon, na França. Elas protestavam contra multas e detenções, em nome de uma “guerra contra o rufianismo”, e até contra assassinatos de colegas que sequer eram investigados. Além disso, maridos e filhos de prostitutas eram processados como rufiões, por se beneficiarem dos rendimentos das mulheres. Tabernas deixaram de alugar quartos para as trabalhadoras do sexo, com medo da repressão policial. A diretoria da igreja e a população de Lyon apoiaram a manifestação e deram proteção a elas.

A ocupação da igreja foi transmitida por todos os meios de comunicação, no país e no exterior, inclusive no Brasil. As mulheres exigiam que o seu trabalho fosse considerado “tão útil à França como outro qualquer”. Outras 200 prostitutas percorreram as ruas de carro distribuindo filipetas, com denúncias de que eram “vítimas de perseguição policial”, o que as impedia de trabalhar. Uma carta foi enviada ao presidente Giscard d’Estaing.

O movimento se ampliou para outras cidades francesas, como Marselha, Montpellier, Grenoble e Paris, onde colegas também entraram em greve.

No dia 10 de junho, às 5 horas de manhã, as mulheres na igreja de Saint-Nizier foram brutalmente expulsas pela polícia.

Ao ter a coragem de romper o silêncio e denunciar o preconceito, a discriminação e as arbitrariedades, chamando a atenção para a situação em que viviam, as prostitutas de Lyon entraram para a história. Por isso, o 2 de junho foi declarado, pelo movimento organizado, como o Dia Internacional da Prostituta.

da redação com assessoria

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