Deve ser retomada na manhã desta quarta-feira (31) a audiência de instrução do processo que investiga desvios milionários no Hospital Padre Zé, em João Pessoa.
Conforme apurou o ClickPB, a audiência deve ter como foco as ações da administração comandada pelo padre Egídio de Carvalho a frente da unidade hospitalar filantrópica.
Egídio, como trouxe o ClickPB, é acusado de comandar um esquema que teria desviado mais de R$ 100 milhões da casa de saúde que fica na região central de João Pessoa.
Para montar o esquema de corrupção, segundo as investigações do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (GAECO) contaria com a conivência de outras pessoas ligadas diretamente à administração do hospital, como Jannyne Dantas (ex-diretora financeira) e Amanda Duarte (ex-tesoureira).
Todos os três estão presos, porém Egídio e Amanda cumprem prisão em regime domiciliar.
O processo envolvendo Egídio, Jannyne e Amanda tramita na 4ª Vara Criminal da Capital.
Os crimes que constam no processo são os seguintes:
- crimes contra a Fé Pública – Falsidade ideológica;
- Crimes Praticados por Funcionários Públicos Contra a Administração em Geral;
- Peculato;
RELEMBRE: gestão do Padre Egídio e os supostos desvios de mais de R$ 100 milhões no Padre Zé
O escândalo envolvendo a gestão de Egídio de Carvalho a frente do Hospital Padre Zé ‘estourou’ em 17 de novembro de 2023, por meio da operação ‘Indignus’, realizada de forma conjunta entre o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado –(Gaeco) do Ministério Público do Estado da Paraíba (MPPB), Polícia Militar da Paraíba e pela Polícia Civil da Paraíba.
Egídio, Jannyne Dantas e Amanda Duarte, apontados como principais pessoas da administração Padre Zé, foram presos no início da operação.
Conforme acompanhou o ClickPB, a operação teve como objetivo apurar os fatos que indicam possíveis condutas criminosas ocorridas no âmbito do Instituto São José, do Hospital Padre Zé e da Ação Social Arquidiocesana (ASA).
Segundo as investigações, há indícios de desvios de recursos públicos destinados a fins específicos, por meio da falsificação de documentos e pagamento de propinas a funcionários vinculados às referidas entidades.
Ao longo de pouco mais de 10 anos, os desvios no Hospital Padre Zé e na ASA teriam chegado a mais de R$ 140 milhões, conforme aponta até o momento as investigações da força-tarefa.
O suposto esquema montado pelo padre Egídio teria bancado desde vinhos no valor de R$ 1,500 à imóveis de luxo na beira-mar de João Pessoa.
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