O presidente da CPI da compra de votos em Campina Grande, vereador João Dantas (PTN), afirmou no início da manhã de hoje, 15, que encaminhará para apreciação da Casa um requerimento pedindo a Polícia Federal e Civil que forneça segurança para as depoentes de ontem do caso que ficou conhecido como “CPI do sofá”.
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No depoimento prestado a comissão, as supostas vítimas de tentativa de compra de votos nas últimas eleições em Campina Grande, Odete Leal e Paula Barbosa, afirmaram estarem sendo ameaçadas. “Esta é uma alternativa para garantir a integridade das depoentes que cooperaram de maneira decisiva para os trabalhos desta CPI”, disse Dantas.
Na sessão de ontem, as eleitoras confirmaram a tentativa de compra de votos e revelaram que gravaram o vídeo por pura indignação. “Elas repetiram com muita firmeza que foram cooptadas pela primeira-dama de Campina Grande, Ana Cláudia e pela esposa do deputado federal eleito, Vitalzinho (PMDB), Vilauba Morais. Na ocasião elucidaram detalhes sobre o possível crime eleitoral e deixaram claro todo o tempo que o vídeo é autêntico”, garantiu Dantas.
Dentro de alguns instantes (10h00), a CPI deverá ouvir os depoimentos da primeira-dama do município, Ana Cláudia e da esposa do deputado estadual Vitalzinho (PMDB), Vilauba Morais, onde as supostas cooptadoras darão a sua versão sobre o fato que gerou a CPI.
O caso
O suposto crime eleitoral veio a tona após a divulgação de um vídeo anexado à denúncia de compra de votos, feita ao TRE pela coligação “Por Amor à Paraíba”, no dia 11 de outubro, mostra Ana Cláudia e Vilauba Morais negociando emprego, ajuda de custo e casa para cabos eleitorais de Campina Grande em troca de votos.
Nas imagens se pode perceber que é negociado um emprego para a cabo eleitoral “Paula” no Programa de Saúde da Família (PSF) da cidade. Já para a cabo eleitoral Odete, as esposas negociam ainda ajuda de custo e a inscrição num programa de casas populares. Nas imagens, as cooptadas se comprometem ‘vestir a camisa’ da campanha do senador José Maranhão (PMDB) e articulam boca de urna próxima às seções eleitorais.
Janildo Silva
ClickPB