A CPI do Padre Zé emperrou e o deputado Walber Virgolino (PL) cansou de esperar pelo andamento da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que deve investigar desvios de recursos na ordem de R$ 140 milhões durante a gestão do Padre Egídio de Carvalho. Conforme verificou o ClickPB, o parlamentar, responsável por protocolar a CPI, apresentou um ofício, nesta quarta-feira (28), cobrando que as investigações sejam iniciadas na Casa Legislativa.
Walber, inclusive, ameaçou acionar o Ministério Público do Estado para resolver a questão. “O regimento interno desta Casa vem sendo descumprido diariamente, mas se essa conduta persistir, irei acionar o Ministério Público para as providências cabíveis”, falou.
A CPI, de acordo com o deputado, o regimento interno da Casa diz que “recebido o requerimento, o Presidente, deferindo o pedido, mandará constar no expediente e à publicação, desde que satisfeitos os requisitos regimentais, cabendo desta decisão recurso à Mesa, no prazo de cinco dias; caso contrário, devolvê-lo-á ao Autor, por despacho fundamentado, cabendo desta decisão recurso para o Plenário, no prazo de cinco dias”.
Sexta Turma do STJ rejeita recurso e mantém Padre Egídio preso
A Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou o recurso movido pela defesa do padre Egídio de Carvalho para que houvesse relaxamento na prisão do religioso, que se encontra atrás das grades desde o ano passado, em João Pessoa.
Conforme apurou o ClickPB, o recurso foi movido após uma outra decisão do STJ, assinada pelo ministro Teodoro Silva, que negou o habeas corpus a Egídio de Carvalho.
Padre Egídio alvo de operação
A prisão de Padre Egídio ocorreu após operação do Gaeco, em 17 de novembro de 2023, por meio da operação ‘Indignus’, realizada de forma conjunta entre o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado –(Gaeco) do Ministério Público do Estado da Paraíba (MPPB), Polícia Militar da Paraíba e pela Polícia Civil da Paraíba.
Conforme acompanhou o ClickPB, a operação teve como objetivo apurar os fatos que indicam possíveis condutas criminosas ocorridas no âmbito do Instituto São José, do Hospital Padre Zé e da Ação Social Arquidiocesana (ASA).
Segundo as investigações, há indícios de desvios de recursos públicos destinados a fins específicos, por meio da falsificação de documentos e pagamento de propinas a funcionários vinculados às referidas entidades.
Valor dos desvios do Padre Egídio
Ao longo de pouco mais de 10 anos, os desvios no Hospital Padre Zé e na ASA teriam chegado a mais de R$ 140 milhões, conforme aponta até o momento as investigações da força-tarefa.
O suposto esquema montado pelo padre Egídio teria bancado desde vinhos no valor de R$ 1,500 à imóveis de luxo na beira-mar de João Pessoa.
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