O coordenador do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público da Paraíba, promotor Octávio Paulo Neto, fez críticas duras à falta de transparência na gestão das contas do Hospital Napoleão Laureano.
“Estamos diante de uma caixa preta que precisa ser revelada a sociedade. Existem denuncias diárias agravadas pelo desabastecimento de medicamentos e insumos que provoca a interrupção dos serviços de saúde naquele hospital. Por outro lado sabemos que volumosas quantias de emendas parlamentares, doações e parcerias financeiras são feitas aos milhões sem nenhum controle ou transparecia. A sociedade precisa saber o que acontece naquela fundação e só dando transparência aos que se recebe e como se gasta, poderemos sanar todas as dúvidas desta gestão” disse Octávio Paulo Neto.
Os Ministérios Públicos Federal e da Paraíba ajuizaram no ano passado uma ação civil pública contra a Fundação Napoleão Laureano, pedindo o afastamento de 14 diretores, em razão de supostas fraudes contábeis, dentre outras irregularidades.
A ação civil pública é um desdobramento de procedimentos instaurados no MPF e também no MPPB para apurar denúncia envolvendo a Fundação e o Hospital Napoleão Laureano, em razão de reclamações sobre o atraso no início dos tratamentos de quimioterapia, radioterapia e cirurgias eletivas, em decorrência de um evidente desequilíbrio econômico-financeiro por parte do hospital.
A Justiça Federal negou o pedido a princípio. Mas explica que ainda há a possibilidade de haver a destituição dos diretores da fundação e o pedido pode, inclusive, ser reexaminado.