Com a chegada do 13º salário, surge a dúvida do que fazer com a renda extra desse período. O portal ClickPB conversou com o economista e consultor Cláudio Rocha que deu algumas dicas de como aplicar esse dinheiro da melhor forma possível.
O consultor disse que o uso do 13º depende de três situações:
Pessoas endividadas – “Para essas pessoas, o 13º é a última chance do ano de reorganizar a vida financeira”, orientou. Segundo Cláudio, é interessante que a pessoa amortize as dívidas, ainda que de forma parcial.
Pessoas sem dívidas – “Nesse caso, a pessoa deve guardar parte do dinheiro para as despesas que surgem em janeiro, como matrículas, IPVA e IPTU”, ressaltou. Cláudio orientou que as pessoas que estão nessa situação, devem usufruir os 50% restantes com a festa de Natal, presentes e outros objetos.
Pessoas com renda tranqüila – “O ideal seria investir o dinheiro para garantir, por exemplo, um sonho de consumo”, disse.
O cartão de crédito, por ser adquirido com muita facilidade, é muito usado no comércio em geral. Porém, o economista alerta para o pagamento mínimo do cartão de crédito. “Em média, os cartões de crédito cobram 8% de juros ao mês”, lembrou. De acordo com o economista, cerca de 90% das pessoas que possuem mais de um cartão de crédito têm apenas uma renda. “É preciso cuidado para administrar os cartões, porque muitas pessoas se iludem pelo “jogo de datas”, mas só recebem pagamento um dia por mês”, disse.
Uma pessoa que tem três cartões de crédito, por exemplo, deve amortizar o valor total de um e renegociar as dívidas dos outros dois, segundo Cláudio Rocha. “Em apenas nove meses, uma dívida chega a aumentar em 100%”, explicou.
Sobre os parcelamentos longos, o economista orientou que só devem ser feitos em compras de eletrodomésticos, veículos, ou seja, bens duráveis. “Não se deve parcelar a longo prazo, confecções, perfumaria, calçados e coisas menores”, disse.
Rocha chamou a atenção para o evento classificado como “descompensação”. “Isso ocorre quando a pessoa parcela despesas constantes, como feira e gasolina”, explicou.
Por fim, Rocha ressaltou a importância de manter o equilíbrio financeiro e não ultrapassar os gastos além do salário. “Se uma pessoa recebe R$1 mil, ela nunca pode se comprometer com mais do que esse valor”.
Valéria Sinésio
ClickPB