Aproximadamente doze crianças e adolescentes invadiram a sede do Conselho Tutelar Sul, na manhã desta sexta-feira (5). Segundo o conselheiro-presidente Lenon Jânio Fontes de Sousa, a situação só foi controlada após a chegada da Guarda Municipal de João Pessoa. No momento da invasão, três funcionários estavam no prédio situado na Avenida João Amorim, no Centro da capital. A equipe chamou a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) para dar um suporte na situação.
Os menores ameaçaram os funcionários que estavam no Conselho Sul. “Tenho medo que eles voltem a qualquer hora e a situação se complique”, disse Lenon. De acordo com o conselheiro, o motivo da invasão foi o fechamento do local desde o dia 17, data em que deveria ter sido realizada a eleição.
“Como a eleição foi prorrogada, os menores ficaram sem assistência, pois houve a homologação dos mandatos dos conselheiros anteriores”, explicou Lenon. Na realidade, um conselheiro só poderia ser afastado quando o posterior assumisse o cargo.
“A comunidade é a mais prejudicada”, lamentou. Conforme Lenon, os conselhos Sudeste e Norte também não estão prestando serviços a população por determinação do Ministério Público. “Não tem conselheiros nesses locais”, informou.
O Conselho Tutelar Sul atende aproximadamente 1.500 crianças e adolescentes por ano, sendo que a incidência maior são nos meses de férias escolares. A população, segundo o conselheiro, já procurou o órgão para reclamar da falta de atenção.
Apenas os conselhos da Região Praia e Mangabeira estão funcionando normalmente e as pessoas que procuram os outros locais, são encaminhadas para os Conselhos Praia e Mangabeira.
Lenon ainda reclamou de irregularidades contidas no processo eleitoral. “Os erros foram mantidos, o que insiste dizer, que continua irregular”, disse. Ele falou também que os conselheiros foram impedidos de entrar nos conselhos. “O edital está irregular e nem as pessoas que tiveram as candidaturas indeferidas foram notificadas”, frisou. “Não se pode fechar um local de atendimento á população, mas fecharam”, finalizou.
Valéria Sinésio
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