O presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Carlos Lula, emitiu uma nota nesta sexta-feira (8) em que pede para gestores municipais e estaduais a manutenção da obrigatoriedade do uso de máscaras no Brasil. Segundo Carlos, “o momento ainda exige cautela e prudência”.
“É preciso que estejamos atentos às experiências frustrantes de alguns países que, acreditando ter superado os riscos, suspenderam a obrigatoriedade do uso de máscaras, afrouxaram as medidas de prevenção e, por isso mesmo, tiveram recrudescimento importante do número de casos e de óbitos, obrigando-os a retroceder”, diz trecho da nota.
Na última terça-feira (5), a Prefeitura de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, publicou um decreto desobrigando o uso de máscaras em locais abertos ou fechados da cidade. Prefeituras de outras cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro, também estudam aplicar a medida. Na quarta-feira (6), o ministro da Saúde voltou a defender o fim da obrigatoriedade do uso da proteção facial.
Na Paraíba, o secretario de Saúde, Geraldo Medeiros, afirmou ao ClickPB que não há nenhuma possibilidade de flexibilizar o uso de máscaras.
Leia a nota do Conass na íntegra:
O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), diante das notícias veiculadas recentemente pelos meios de comunicação acerca de iniciativas que pretendem relativizar o uso obrigatório de máscaras, que integra o rol de medidas não farmacológicas de proteção contra a COVID-19, sente-se no dever de apelar a todos os gestores do Sistema Único de Saúde para que mantenham seu uso de caráter obrigatório, nos moldes atuais, como estratégia indispensável ao sucesso de nossos esforços contra a pandemia.
A vacinação da população, a testagem e o consequente monitoramento dos casos detectados e de seus contatos, somam-se ao uso de máscaras, à lavagem frequente das mãos e a utilização de álcool em gel como medidas indispensáveis para a superação da pandemia.
É preciso que estejamos atentos às experiências frustrantes de alguns países que, acreditando ter superado os riscos, suspenderam a obrigatoriedade do uso de máscaras, afrouxaram as medidas de prevenção e, por isso mesmo, tiveram recrudescimento importante do número de casos e de óbitos, obrigando-os a retroceder.
O momento ainda exige cautela e prudência. Outros interesses que não os da proteção da população não podem se sobrepor à salvaguarda de nosso mais importante patrimônio: a vida e a saúde de todos os brasileiros.