A revolta tomou conta das duas chapas de oposição do Clube dos Oficiais da Polícia Militar. A Comissão Eleitoral do Clube dos Oficiais proclamou a reeleição do coronel Francisco como presidente da entidade. Segundo o Coronel Maquir, o motivo da vitória foi por não haver concorrente. A decisão foi contestada pela oposição, a qual vai recorrer na justiça através de representação eleitoral. "Estamos seguindo as regras do Estatuto de 2005", ressaltou.
Segundo o Coronel Maquir, o artigo 69 prevê que não havendo candidato apto para concorrer, será feita a aclamação. "Encaro o protesto de forma tranqüila", frisou. "É natural que haja questionamento", completou.
De acordo com o Capitão Nascimento, houve uma modificação no Estatuto e que o mesmo foi elaborado no dia 31 de dezembro de 2005, dia em que os policiais estão se preparando para fazer a segurança do Revéillon. "Estamos recolhendo assinaturas para reforçarmos nosso pedido na justiça", explicou. Segundo informações do capitão, no Estatuto de 2000, era preciso ser sócio há 5 anos e ter 50% de presença nas assembléias. Porém, no Estatuto de 2005, foram feitas duas modificações: 15 anos de sociedade e 60% de comparecimento. "A mudança exclui praticamente todos os possíveis candidatos", explicou.
Outros candidatos também tiveram suas candidaturas suspensas, como o Coronel Monteiro, que vai se juntar ao Capitão Nascimento na briga pela democracia nas eleições do Clube. "Faltou democracia e respeito para com os policiais", lamentou. "Só tivemos conhecimento desse Estatuto no final de outubro", destacou.
Valéria Sinésio
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