A Central de Transplantes da Paraíba registrou a 40ª doação de múltiplos órgãos em 2024. Doação aconteceu na segunda-feira (14), no Hospital de Trauma de João Pessoa.
Conforme observou o ClickPB, com a doação, saíram da lista de espera por um órgão mais quatro pessoas, que receberam rins e córneas.
Em 2024, até o momento, foram realizados 227 transplantes e 654 pessoas aguardam na lista de espera por um órgão ou tecido na Paraíba.
De acordo com informações do Governo do Estado, apaciente doadora tinha 42 anos e foi vítima de um Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico (AVCH). Após o diagnóstico de morte encefálica, realização de exames clínicos e de imagem, a doação foi concretizada.
A permissão para doação foi autorizada pelos familiares diretos da paciente.
Os rins foram encaminhados para duas mulheres de São Paulo e as córneas seguiram para o Banco de Olhos da Paraíba, onde passam por uma avaliação antes da realização do transplante.
Exames antes da realização de transplantes
Para que os órgãos fossem encaminhados aos receptores, antes foram realizados os exames de sorologia, para identificar a presença de algum tipo de infecção.
Na Paraíba, os exames de sorologia dos doadores de órgãos e tecidos é realizada de forma minuciosa pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-PB), unidade da Secretaria de Estado da Saúde (SES). O hemocentro estadual também está apto para a realização dos exames exigidos no processo.
No Lacen-PB são feitas sorologias para o diagnóstico da infecção pelo HIV, hepatites B e C, sífilis, doença de Chagas, citomegalovírus, toxoplasmose, HTLV I e II, e Covid-19. As solicitações de sorologia chegam ao laboratório por meio da Central de Transplantes, que conta com equipes multidisciplinares na realização do processo.
Conforme a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) esses procedimentos são necessários devido à grande variedade de patógenos que podem ser transmitidos no processo de doação e transplante de órgãos e tecidos. Nesses casos, a triagem sorológica pode desqualificar possíveis doadores contaminados, identificar infecções ativas no receptor no período pré-transplante para que possam ser tratadas, definir o grau de risco para que uma infecção ocorra para que se possa prevenir o seu aparecimento no pós-transplante.