Os registros do Centro de Assistência Toxicológica da Paraíba (Ceatox) apontam que os acidentes causados por picada de escorpião em João Pessoa estão acima da média registrada nos meses anteriores. Segundo a coordenadora Maria de Fátima Leandro Marques, por mês são registrados aproximadamente 130 casos de picada de escorpião, além das queimaduras aquáticas.
Diferente das tradicionais picadas de escorpião, os acidentes aquáticos são registrados com pouca freqüência pelo Ceatox e a coordenadora atribui isso ao fato de “as pessoas estão mais informadas e conscientes do que pode ocorrer ao se aproximar de uma caravela ou peixe-raia, por exemplo,”, disse.
Em 2006, de acordo com Maria de Fátima, foram registrados apenas dez casos de queimaduras com caravelas. O Ceatox percebeu que a maioria das vítimas foram crianças e jovens. “Queimaduras desse tipo costumam ocorrer no Verão devido o grande número de banhistas”, explicou.
A coordenadora insistiu nos cuidados que as pessoas devem adotar para evitar os acidentes com escorpião. “Realizar limpeza constantemente nos esgotos da casa, manter as laterais da residência sempre limpas e se precaver ao calçar sapatos ou vestir roupas”, frisou. "Ainda existe uma grande resistência por parte da população", completou.
Não existe uma faixa etária predominante nos casos de picadas de escorpião. No entanto, Maria de Fátima informou que os casos mais preocupantes são os que envolvem crianças e idosos devido a fragilidade, enquanto os adultos, apresentam riscos menores.
Os bairros com maior concentração de picadas de escorpião, são: Mangabeira, Cruz das Armas, Jaguaribe, Castelo Branco e Torre. “Os bairros mais populosos registram mais casos de forma bem proporcional”, disse. Porém, nenhum bairro está livre do ataque do escorpião.
De acordo com a coordenadora, no caso de uma picada de escorpião, o que se deve fazer é chamar imediatamente o Ceatox, para que seja feita a análise da gravidade e tomar as devidas providências. “Ao contrário do que as pessoas pensam, não se deve passar alho sobre o local da picada, pois o mesmo possui propriedades irritantes e não ajudam em nada na recuperação”, orientou.
O contato com o Ceatox pode ser feito através dos telefones: 0800-7226001, 3216-7007 ou 3224-6688
Valéria Sinésio
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