Em entrevista que foi ao ar na noite de ontem (17), no programa Fantástico da TV Globo, a enfermeira Rafaella Lima deu mais detalhes sobre os episódios envolvendo agressões que foi vítima por parte do médico João Paulo Casado, em João Pessoa. Conforme apurou o ClickPB, ao longo do material, Rafaella detalhou que o acusado teria debochado da possibilidade dela denunciar os atos de violência física e verbal.
“Ele sempre dizia, debochava. Que nada ia acontecer com ele”, detalhou. Segundo Lima, João Paulo Casado teria dito a ela que “no máximo pagaria uma fiança” e que “a vida ia seguir normal”. “A sua é que acaba, porque você vai voltar a ser enfermeira e vai arranjar emprego aonde? Porque as pessoas não vão lhe ajudar por minha causa”, teria dito o médico à estudante de medicina em um dos episódios.
Ciclo vicioso
Na entrevista ela disse que se viu em um ciclo vicioso, em que se deixou levar pela emoção, “pelo sentimento e pela dependência financeira”. “Deixei ele, ele tomou as rédeas da minha vida e eu não consegui pegar de volta”, desabafou.
Médico se negou a prestar informações à polícia
De acordo com a delegada-geral adjunta da Polícia Civil da Paraíba, Cassandra Duarte, a nova delegada que está a frente do caso tentou ouvir o acusado, porém ele se absteve do direito de prestar informações à polícia. “Ele negou-se a prestar qualquer informação com relação à situação. O que também é um direito dele. Permaneceu o tempo em silêncio”, explicou a jornalista Larissa Pereira, durante a entrevista.
“Disse que não se arrependia de nada”
Na entrevista, Rafaella Lima falou que o médico, em conversa com ele, disse que “não se arrependia de nada” e que seu único erro teria sido não deixar a jovem em coma em um hospital. “Eu acho que eu preciso me curar das frases ditas por ele. Porque às vezes elas ficam ecoando na minha cabeça. A maior de todas foi quando ele disse que não se arrependia de nada e que o único arrependimento dele foi não ter me deixado em coma no hospital”, falou.ao Fantástico.
Como denunciar casos de violência
Qualquer caso de violência pode ser denunciado aos órgãos de segurança de forma anônima, por meio dos telefones 190 (Polícia Militar), 197 (Polícia Civil) e 180 (específico para casos de violência contra a mulher).