Buscando implementar uma política que conscientize fumantes e proprietários de estabelecimentos fechados (como restaurantes, boates e shoppings) a cumprirem as leis anti-tabagistas, a Gerência de Vigilância Sanitária (GVS) do Município, em parceria com a Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa), vai iniciar, na próxima terça-feira (25), a ‘Campanha estadual para a promoção de ambientes fechados livres do tabaco’. A solenidade de abertura ocorrerá às 19h, no Teatro Armando Monteiro Neto, no Centro da capital, e deverá contar com a presença do ministro da Saúde, Agenor Álvares.
A chefe de Inspeção e Fiscalização da GVS, Jailma Porto, informou que a iniciativa tem por objetivo conscientizar o público e proprietários de estabelecimentos sobre os perigos do fumo, resguardando o direito dos não-fumantes a estarem em ambientes livres de tabaco. Ela disse que estudos comprovam a não eficácia de sistemas de exaustão para a fumaça do cigarro, que prejudica a saúde do público, daí a necessidade da aplicação das leis anti-tabagistas.
“A fumaça de derivados do tabaco que polui ambientes fechados é cancerígena e genotóxica para seres humanos. Mesmo os não-fumantes expostos a essa fumaça inalam os mesmos elementos tóxicos inalados por fumantes ativos. Portanto, não existem níveis seguros para o consumo voluntário ou involuntário. Mesmo níveis pequenos de exposição à fumaça duplicam as chances de infarto e aumentam em seis vezes a possibilidade de câncer no pulmão”, alertou.
Poluição ambiental – Jailma Porto falou que a chamada poluição tabagista ambiental (PTA), que é formada pela chamada ‘corrente secundária’ – a fumaça que se origina e sai da ponta do cigarro somada ao fumo exalado pelo fumante – é a maior responsável pela poluição dos ambientes fechados. A chefe de Inspeção da GVS disse, ainda, que 95% dos elementos cancerígenos transportados pelo ar em pontos de encontros sociais estão centrados na fumaça advinda do tabaco.
Outro agravante apontado por Jailma Porto: a fumaça que sai da ponta do cigarro contém 400 substâncias que não podem ser filtradas, principalmente substâncias irritantes e cancerígenas. Para piorar, os elementos fumígeros da ‘corrente secundária’ têm um teor de nicotina de três a cinco vezes maior que o fumo exalado, 8 a 11 vezes mais monóxido de carbono e 50 vezes mais substâncias cancerígenas.
Orientação – “Por esses e por outros problemas, faz-se necessário a campanha”, disse Jailma Porto. Ele explicou, ainda, que, a partir de segunda-feira, técnicos da GVS e Agevisa já estarão visitando estabelecimentos fechados a fim de tornar cientes os clientes e proprietários sobre a importância de aderirem às leis anti-tabagistas. “Na verdade trata-se de uma campanha educativa”, disse, informando que, caso haja resistência das partes, a lei será cumprida, sendo prevista, inclusive, multas para possíveis infratores.
Na abertura da campanha acontecerão palestras sobre ‘Ações regulatórias para o controle do tabaco’, ministrada por Franklin Rubinstein, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e sobre ‘Ambientes livres de fumo no Brasil’, com a palestrante Tânia Maria Cavalcante, do Instituto Nacional do Câncer (Inca). No evento, ainda será lançado o selo postal comemorativo da campanha.
Secom/JP
Campanha contra o fumo em ambientes fechados começa na próxima terça-f
De acordo com a chefe de Inspeção e Fiscalização da GVS, Jailma Porto, estudos comprovam a necessidade da aplicação das leis anti-tabagistas
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