A última reunião da Câmara Setorial da Cachaça ocorreu na última quarta-feira (31), em Belo Horizonte, Minas Gerais. No encontro os membros discutiram a possibilidade de diferenciar no rótulo a procedência da bebida, se é de alambique ou de coluna – ou respectivamente, artesanal e industrial. Na Paraíba, a quase totalidade dos empresários que fabricam a cana é de alambique, portanto, a denominação ajudaria a impulsionar o desenvolvimento no produto no mercado. É o que acredita o empresário e produtor Múcio Fernandes, que na Câmara representa a Paraíba, por uma indicação da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
“Em função do impasse que houve, não ficando decidido se a medida poderá se implantada, formamos um grupo com três empresários de coluna e três de alambique para analisar a questão e apresentar um parecer na próxima reunião da Câmara”, contou Múcio, que empresaria as marcas São Paulo e Cigana. Tal encontro ocorrerá em Brasília, no mês de agosto, em data ainda não definida.
Outra pauta que será tocada no próximo encontro de agosto é a proposta de instituir um seguro-desemprego para os trabalhadores canavieiros na época da entressafra. “Era para esse assunto ter sido discutido em Minas Gerais, mas como a questão do rótulo de alambique tomou um vulto maior, esperamos para discuti-la em agosto, quando deveremos contar com a presença de um representante do Ministério do Trabalho”, destacou, acrescentando que antes, porém, remeterá para o Ministério a proposta, para ser analisada de antemão. A propositura da criação desse seguro para os cortadores de cana-de-açúcar é inspirada no benefício já existente para os pescadores no período de defeso da pesca. “Como atividade sazonal, esses trabalhadores merecem ser amparados por um seguro”, frisou.
Câmara Setorial
A Câmara Setorial da Cachaça tem participantes oriundos de diversos setores da cadeia produtiva da bebida. Embrapa, Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), Banco do Brasil, Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (Abia), Anpac Indústria e Comércio Embaladora, Cooperativa dos Produtores de Aguardente do Estado de São Paulo (Coopcesp), Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Industrial (Abece), Instituto Brasileiro de Comércio Exterior (IBCE), Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), Inmetro, Abravidro, Prodecana, CNA e Contag, são algumas das entidades e órgãos com assento na Câmara. Os membros estão divididos em quatro grupos temáticos. São eles: Comissão Permanente de Exportação, Certificação de Qualidade da Cachaça; Domínio do Nome “Cachaça” e Criação do Instituto Nacional da Cachaça (Inac). Segundo dados do Programa Brasileiro de Desenvolvimento da Cachaça, o Brasil exporta para mais de 70 países cerca de 1,5 % da produção da bebida.
Fonte:
News – Assessoria & Comunicação
