Como se não bastasse a frustração, os investidores que colocaram seus dividendos em investimentos geridos pela empresa Braiscompany passam também por uma série de barreiras para receberem os pagamentos atrasados da locação de criptomoedas. Agora, a empresa paraibana exige que investidores preencham uma “declaração de riqueza” sobre suas situações financeiras.
Soma-se a isso, a insatisfação constante dos clientes que reclamam da falta de transparência, atrasos de meses dos rendimentos e dificuldade de comunicação acerca do cumprimento dos pagamentos feito em contrato.
Conforme apurou o Portal ClickPB, os investidores estão sendo obrigados a discriminar seu patrimônio líquido total e o histórico dessa renda ao longo do tempo com as provas documentais que podem ser a declaração de imposto de renda ou folha de pagamento dos últimos três meses.
Para tirar sua responsabilidade do pedido, no e-mail, a Braiscompany diz que a solicitação dessas informações partiu das corretoras de criptomoedas que utilizam para pagar os rendimentos mensais dos clientes, como a Binance. Segundo o dono da Braiscompany, Antonio Neto Ais, ela é responsável por movimentar 80% do capital investido de seus 10 mil clientes que investiram R$ 600 milhões no grupo.
De acordo com os investidores, o formulário que estão recebendo é uma cópia quase idêntica do Formulário de Declaração de Fonte de Riqueza que a Binance exige que usuários preencham quando há movimentação suspeita. No entanto, foge à normalidade já que, a Binance não exige informações sobre sua renda, situação que complica ainda mais a imagem da Braiscompany e sua responsabilidade em destravar os pagamentos dos clientes.
Além disso, diversas reclamações dão conta de que mesmo preenchendo e entregando as informações solicitadas, a liberação dos valores não ocorreu e os clientes continuam de mãos vazias.
Os investidores denunciam ainda que essa seria mais uma estratégia de colocar a culpa em outra empresa como forma de ganhar tempo e continuar enganando os clientes. “Os investimentos são altos, e ao tentar resgatar os valores, a Braiscompany cobra porcentagens vantajosas pela quebra do contrato”, diz um dos investidores que preferiu manter sigilo de identificação.