A polêmica sobre a queima de fogos do réveillon, que não aconteceu por que parte dos explosivos foram parar na água do mar, continua. A reportagem do Portal Clickpb ouviu um especialista em queima de fogos e show pirotécnico, Vamberto França, do bazar Noite Maravilhosa, que concorreu na licitação para a realização do show na praia de Tambaú. Ele questionou o tamanho da balsa. Segundo ele, a embarcação era pequena para a quantidade de fogos. Já o dono da empresa responsável pelo evento, Bahia Pirotecnia Eventos, Adriano, rebateu e disse que todos os procedimentos para evitar acidentes foram realizados.
Adriano disse que não sabe o que houve, mas negou que tenha havido falha humana ou técnica. “Eram doze pessoas na preparação dos fogos, dois funcionários da minha empresa e mais dez contratados pelo dono da balsa para dar apóio. Às 19h a montagem foi concluída e a balsa foi levada para o ponto de onde aconteceria a queima, neste momento os dois técnicos da empresa foram para o hotel para tomar banho e jantar, dois homens fiaram no local para vigiar a balsa, quando os técnicos voltaram já perceberam que havia caixas de explosivos na beira do mar”, disse ele.
Já Vamberto insistiu que houve falha e que a balsa não suportaria a quantidade de fogos nela colocada. “Pelo que vi, a balsa além de ser pequena, a montagem me parece que foi feita já dentro mar, o que em minha opinião foi errado. Já fiz vários shows pirotécnicos em barcos e balsas e sempre montei os fogos em terra firme e só depois colocamos a embarcação na água”, declarou.
A Bahia Pirotecnia, segundo Adriano, já realizou diversos shows em locais como Farol da Barra na Bahia, em Recife e no Cabo de Santo Agostinho. “Somos uma empresa com fabrica própria que tem aérea de teste. Mandamos um Plano de Fogo para a analise e aprovação dos órgãos competentes e tudo foi aprovado, por tanto não houve falha de nossa parte”, concluiu.
O comandante da Capitania dos Portos, Rogério Miccuci, adiantou que os primeiros sinais da perícia realizada na balsa apontam que não houve falha na montagem do equipamento.
Marcos Wéric
Clickpb