Uma baleia-jubarte já em estado de decomposição foi encontrada morta na praia de Intermares, em Cabedelo, na Grande João Pessoa, na manhã desta sexta-feira (4).
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A jubarte foi encontrada no início da faixa de areia da Praia de Intermares já em estado de decomposição. Ainda não se sabe o que causou a morte da jubarte. O trecho onde o animal foi encontrado foi isolado para que a carcaça fosse enterrada na faixa de areia.
Até o momento, a suspeita é que ela tenha morrido no mar e tenha sido arrastada pela correnteza para o litoral paraibano.
Uma equipe da Fundação Mamíferos Aquáticos esteve no local e coletou amostras da carcaça da jubarte. O material segue para análise.
Baleia-jubarte
A jubarte, cujo nome científico é Megaptera novaeangliae – “grandes asas da Nova Inglaterra”, referência às enormes nadadeiras peitorais e à região dos Estados Unidos na qual a espécie foi identificada pela ciência pela primeira vez é uma das mais conhecidas e mais queridas dentre as grandes baleias que habitam os mares do planeta.
A população brasileira de jubartes se distribuía originalmente, durante a época reprodutiva, do Rio Grande do Norte a São Paulo; atualmente se concentra principalmente no Banco dos Abrolhos.
Atingindo até 16 metros de comprimento e podendo pesar cerca de 40 toneladas, as jubartes são facilmente identificáveis pela coloração quase negra do corpo, pela nadadeira dorsal típica da espécie, pelas já referidas grandes nadadeiras peitorais, que podem chegar a ter 1/3 do comprimento do corpo e são geralmente brancas, e pela cauda cuja face inferior possui padrões de coloração em branco e preto, que são únicos para cada indivíduo, permitindo sua identificação individual.
Como todos os mamíferos, incluindo os seres humanos, as jubartes respiram ar. O “esguicho” característico, a que damos o nome de borrifo, não é água jorrada para cima, mas sim ar quente expelido a grande velocidade quando o animal expira, e água vaporizada que se acumulou sobre seu orifício respiratório.
Ao longo de milhões de anos de evolução, a partir de ancestrais terrestres tiveram suas narinas movidas para o alto da cabeça, o que facilita sua respiração no meio aquático. Estima-se que as jubartes possam permanecer até cerca de 30 minutos submersas, e alcançar mais de 600 metros de profundidade em seus mergulhos, mas no geral aqui no Brasil são avistadas fazendo intervalos respiratórios bem mais curtos e mergulhos bem mais rasos.