O aumento do número de casos de Síndromes Respiratórias em crianças na Paraíba vem causando preocupação nas autoridades de saúde de todo o estado. Só entre março e a primeira semana de maio, as unidades de porta aberta receberam em média 48.406 casos de crianças com sintomas respiratórios. Seis crianças já morreram com quadro grave de Síndrome Respiratória.
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Os casos de Síndrome Respiratória possuem um aumento sazonal, mas que o agravamento nos quadros, evoluindo para situações graves e óbitos, se deve às baixas coberturas vacinais nos últimos anos. Atualmente, a Paraíba conta com 25,71% das crianças entre 6 meses e menores de 6 anos vacinas contra influenza.
“Vemos um problema grave de baixas coberturas vacinais e no caso da influenza não tem sido diferente, e isso não é um caso isolado da Paraíba. A sazonalidade das síndromes respiratórias aliada às baixas coberturas vacinais de influenza nos últimos anos resultam no cenário atual, precisamos seguir vacinando e ampliar a proteção das nossas crianças”, reforça o secretário estadual de Saúde, Jhony Bezerra.
A Fiocruz divulgou um boletim no final de Janeiro deste ano que aponta um aumento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda nos adultos, e isto acende um alerta de cuidado com a saúde das crianças. Em 2021 a Fiocruz já havia feito um alerta através do Boletim Infogripe que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave em crianças entre 0 a 9 anos aumentou significativamente.
Para se proteger e principalmente as crianças, a orientação é manter os hábitos adquiridos com a Covid, como higienizar as mãos constantemente e de forma correta, seja usando água e sabão, ou, na ausência desses itens, álcool em gel a 70%. O distanciamento social e ensinar as crianças a evitar tocar mucosas como nariz, olhos e boca também é recomendado
A recomendação da Fiocruz, é antes de mais nada, atualizar a carteira de vacinação. Outras medidas incluem o não compartilhamento de objetos, como garrafinhas de água, e fazer uso da etiqueta respiratória: quando é recomendado o uso de lenço descartável ou uso do antebraço para cobrir a região da boca e do nariz ao tossir ou espirrar.
O estudante ou profissional de educação que esteja com sintomas suspeitos para síndrome gripal, pode fazer uso de máscara de proteção respiratória. Para além do ambiente escolar, os estudantes devem estar com as cadernetas de vacinação atualizadas.