A Arquidiocese da Paraíba se posicionou oficialmente, no início da tarde desta quarta-feira (20), sobre o caso envolvendo furtos de celulares doados pela Receita Federal ao Hospital Padre Zé, em João Pessoa. O caso veio à tona após a Polícia Civil iniciar um inquérito para investigar o crime, que deixou um prejuízo de R$ 500 mil.
Como acompanhado pelo ClickPB, o vigário geral da Arquidiocese da Paraíba, o padre Luiz Júnior, falou que a Arquidiocese soube do caso através da imprensa e que está disposta a ajudar no que for necessário durante a investigação.
“O próprio diretor do hospital, o padre Egídio, foi à delegacia e abriu um boletim de ocorrência. A própria direção estava tomando providências e a partir daí começamos a saber da questão dos celulares. Oficialmente, não fomos informados de outros fatos. Estamos dispostos a ajudar no que for necessário e estiver ao nosso alcance”, falou o vigário durante entrevista coletiva, como acompanhado pelo ClickPB.
Renúncia do ex-presidente
Ainda nesta quarta-feira, em meio ao escândalo do furto dos celulares, o padre Egídio de Carvalho Neto, renunciou ao cargo de presidente do Hospital Padre Zé. Conforme apurou o ClickPB, o pedido foi aceito pelo arcebispo Dom Manoel Delson.
Padre Egídio estava há mais de cinco anos a frente do hospital, fundado há quase 90 anos. Além de estar na gerência da unidade, ele também atuava como pároco da Igreja Santo Antônio.
Os celulares desviados foram entregues pela Receita Federal diretamente ao padre Egídio e a um jovem chamado Samuel Segundo para serem vendidos durante um bazar para arrecadar fundos para o Hospital Padre Zé. Porém, os equipamentos desapareceram.
O advogado de Samuel Segundo, Aécio Farias, informou nesta quarta-feira que ele foi preso no dia 3 deste mês, mas que a prisão foi revogada no dia 6.
“A justiça decretou medidas cautelares que estão e serão cumpridas integralmente pelo acusado. A defesa aguarda o fim da investigação para melhor se pronunciar”, disse o advogado, como visto pelo ClickPB.