Feminicida

Após quatro meses em prisão especial mesmo sem diploma, Johannes Dudeck chega ao Presídio do Róger, em João Pessoa

Acusado pelo feminicídio e estupro da estudante de medicina Mariana Thomaz, Johannes Dudeck seguia recolhido na prisão especial, no bairro do Valentina, após ter a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva pela Justiça.

Após quatro meses em prisão especial mesmo sem diploma, Johannes Dudeck chega ao Presídio do Róger, em João Pessoa

Dudeck vai ser submetido a um pavilhão de crimes semelhantes ao que ele cometeu: estupro e feminicídio — Foto:Divulgação

Johannes Dudeck, acusado pelo feminicídio e estupro da estudante de medicina Mariana Thomaz, em João Pessoa, chegou na Penitenciária Desembargador Flósculo da Nóbrega, mais conhecida como Presídio do Róger, por volta das 21h desta terça-feira (19). 

Ele chegou transferido de um presídio especial do Valentina, onde estava desde que alegou ter um diploma de ensino superior. Como noticiado pelo ClickPB, ele não apresentou diploma que justificasse a cela especial.

Segundo a Secretaria de Estado da Administração Penitenciária informou ao ClickPB por meio do diretor do presídio do Róger, Edmilson Alves de Souza, Dudeck está na fase do reconhecimento como todo preso que chega à unidade, onde deve ficar até seis dias em uma cela separada.

O diretor do Róger explica ainda que o acusado vai passar pela equipe de saúde da unidade ainda nesta quarta-feira. 

Dudeck deve ficar de 5 a 6 dias no reconhecimento e depois dessa triagem, vai ser submetido a um pavilhão de crimes semelhantes ao que ele cometeu para que se possa conviver com os outros presos. 

Edimilson explica que existem dois tipos de reconhecimento: um que é feito quando o preso vem direto da rua, conduzido por equipes policiais, e outro quando o detento vem transferido de outras unidades, como é o caso de Dudeck. Nesta segunda opção, o preso fica em uma cela isolada até ser transferido para o pavilhão.

Johannes Dudeck seguia recolhido na prisão especial, no bairro do Valentina, após ter a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva pela Justiça. Ele já havia cumprido detenção por outro caso de violência contra mulher e foi denunciado por comportamento violento pelas ex-namoradas com quem se relacionou.

Prisão especial

Dudeck estava na prisão especial desde que sua prisão foi decretada em março, por ter alegado na audiência de custódia que possuía curso de nível superior. Porém, ele teria mentido e não apresentou o documento quando foi solicitado.

O ClickPB procurou o Ministério Público da Paraíba (MPPB) para saber se Dudeck deve responder judicialmente por ter mentido na audiência de custódia. Até a publicação desta matéria, o portal não recebeu respostas. 

A transferência resulta de uma fiscalização com pedido de providências sobre a prisão de Dudeck, acusado de matar Mariana Thomaz no dia 12 de março de 2022.

Segundo o relatório do juiz, faltava a apresentação do diploma que comprovasse o que Johannes havia dito, na audiência de custódia, sobre ser formado em curso superior. 

Ainda conforme relatou o magistrado, o Ministério Público da Paraíba (MPPB) solicitou a transferência de Johannes para o Presídio do Roger após a defesa não apresentar seu diploma de curso superior.

Mariana Thomaz

 Mariana Thomaz foi encontrada morta no apartamento de Johannes Dudeck no bairro do Cabo Branco, em João Pessoa, no dia 12 de março deste ano. Eles estavam em um relacionamento há cerca de um mês antes do crime. 

Foi rapaz quem acionou as autoridades, dizendo que a namorada havia passado mal, mas a perícia encontrou sinais de estrangulamento e ele acabou preso pela Polícia Militar.

No dia 28 de março, a promotora Artemise Leal, que atua no Tribunal do Júri da Capital, ofertou denúncia contra Dudeck pelos crimes de estupro e feminicídio. O processo tramita em segredo de justiça.

O delegado Rodolfo Santa Cruz já havia indiciado Johannes Dudeck por estupro e feminicídio, com base nas evidências das perícias realizadas no local e no corpo da estudante de Medicina, conforme noticiou o ClickPB.

Mariana Thomaz era natural de Lavras da Mangabeira, no Ceará, sobrinha do ex-presidente do Senado, Eunício de Oliveira, e estudava Medicina em uma faculdade particular em João Pessoa. Foi sepultada em seu município de origem no último dia 13 de março.

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