O prefeito de Diamante, Hermes Mangueira Filho (Podemos), inaugurou neste domingo (21) o primeiro banheiro público da cidade. A obra custou aos cofres públicos quase R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) oriundos de recursos próprios, por meio da administração direta, sem realização de processo licitatório.
A construção, que também funciona como um novo cartão postal, teve início em março deste ano e foi realizada em cima de um canteiro que fica na rua Professor José Marques, no centro da cidade.
O sanitário é requintado e recebeu uma ilustração com a imagem aérea da “Pedra Montada”, ponto turístico de Diamante, além de um reator de energia elétrica dos anos 80 e até um banco para fila de espera.
Curiosamente, a inauguração da obra não foi divulgada nas redes sociais da prefeitura e nem há qualquer menção ao banheiro nas notícias do próprio portal do município.
Outro detalhe é que a obra também não tem placa de quanto foi gasto e um show que aconteceria na inauguração foi cancelado, havendo apenas uma queima de fogos.
Procurado pelo ClickPB, o secretário de Infraestrutura de Diamante, Jaílson Eduardo de Sousa, defendeu o valor da obra e disse que está “dentro da base de construção”.
“Não é um banheiro, é um prédio com capacidade de mais dois andares, com todo o material de primeira linha, porcelanato, todos os vasos da melhor qualidade e um outdoor com paisagem do nosso município. Hoje, é considerado um ponto turístico. Pessoas vão lá para tirar foto de tão perfeito que ficou. No meu ponto de vista, é um valor que ficou abaixo do que está valendo hoje devido a tanto aumento que teve o material de construção e a qualidade do material utilizado”, disse.
O secretário afirmou que em breve a prefeitura divulgará um relatório com tudo o que foi gasto na construção e argumentou que a obra era uma demanda histórica da população.
“Era um projeto pedido há mais de 12 anos com requerimento na Câmara Municipal e foi atendido agora. As outras gestões nunca se interessaram. Além de ser um banheiro, é questão de saúde e ambiental. As pessoas antes faziam suas necessidades nas ruas e templos. Agora esse problema foi resolvido”, pontuou.