Foi mantida a prisão do influenciador digital e ex-secretário de Comunicação da Prefeitura de Bayeux Rodrigo Lima, preso nesta quinta-feira (17) durante cumprimento de mandado de prisão na Operação Lesa Pátria, promovida pela Polícia Federal. A decisão sobre a manutenção da prisão foi tomada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A Polícia Federal confirmou ao ClickPB que Rodrigo permanecerá preso, até segunda ordem, na carceragem da Superintendência do órgão em João Pessoa.
Conforme apurou o ClickPB, Rodrigo foi preso na manhã desta quinta em João Pessoa, em ação autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Rodrigo, que também foi candidato a vereador em João Pessoa, em 2016, é jornalista, publicitário e especialista em comunicação e Marketing, além de especialista em Marketing Digital, e somente no Instagram possui mais de 133 mil seguidores.
Nessa mesma rede social, ele faz questão de mostrar seu apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, onde expõe várias fotos e vídeos ao lado dele.
Entre as acusações que pesam contra os envolvidos na operação, inclusive contra Rodrigo, segundo a Polícia Federal, está o fato de eles serem suspeitos de terem fomentado o movimento violento chamado de “Festa da Selma”, que era, em verdade, codinome previamente utilizado para se referir às invasões.
O termo Festa da Selma foi utilizado para convidar e organizar transporte para as invasões, além de compartilhar coordenadas e instruções detalhadas para a invasão aos prédios públicos. Recomendavam ainda não levar idosos e crianças, se preparar para enfrentar a polícia e defendiam, ainda, termos como guerra, ocupar o Congresso e derrubar o governo constituído.
A PF detalhou que os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido e crimes da lei de terrorismo.
Ao todo, foram cumpridos dez mandados de prisão preventiva e 16 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo STF, nos estados da Bahia, Goiás, Paraíba, Paraná, Santa Catarina e no Distrito Federal.
As investigações continuam em curso e a Operação Lesa Pátria será permanente, com atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais expedidos, pessoas capturadas e foragidas.