Para a Federação dos Cultos Africanos na Paraíba a “decapitação” da estátua de Iemanjá, que fica localizada na Praça de mesmo nome na praia de Cabo Branco, em João Pessoa, não passou de “um ato de vandalismo carregado de intolerância religiosa”. De acordo com Mãe Renilda, presidente da entidade, uma campanha será realizar para combater a intolerância contra a religião no estado.
Mãe Renilsa disse que está convocando uma reunião com os membros da entidade para definir as atitudes que serão tomadas diante do fato. Ela adiantou que primeiramente vai prestar um Boletim de Ocorrência (BO) para notificar a Polícia Civil com intuito que seja realizada uma investigação. Além disso, estará encaminhando oficio para as autoridades estaduais e municipais, informando o ato de vandalismo e solicitando que sejam tomadas medidas cabíveis, como a realização de uma campanha contra a intolerância religiosa.
“Foi intolerância. Estamos tristes e indignados. Por que decapitar e deixar a cabeça certinha jogada lá? Pretendemos fazer uma campanha para acabar com esse tipo de atitude em nosso estado, trabalhando o fim da intolerância religiosa”, ressaltou Mãe Renilda.
A cabeça da estátua foi colocada no chão, ao lado da imagem de concreto, que tem cerca de 2,5 metros e quase 20 anos. De acordo com informações de testemunhas, um homem teria arrancado a cabeça com uma fação. O crime contra o patrimônio público ocorreu neste domingo (20).
Está não é a primeira vez que a imagem sofre vandalismo. Há dois anos, a imagem teve a base escavada em uma tentativa de remover todo o monumento do local.