Paraíba

Aperfeiçoamento da classe é uma das metas

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Natural de Alagoas, a contabilista Maria Clara Cavalcante Bugarim assume a presidência do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) como a primeira mulher a ocupar o principal cargo nos 60 anos de história da entidade. À frente da nova Diretoria Executiva, ela tem como programa de gestão para o biênio 2006-2007 dar continuidade aos projetos de educação e aperfeiçoamento profissional da classe contábil brasileira. Tem como plataforma também derrubar o veto da Presidência da República à lei que regulamenta o Exame de Suficiência para profissionais da contabilidade e que foi o principal instrumento desenvolvido pelo CFC para manter um filtro de qualidade dos profissionais que entram no mercado de trabalho a cada ano. “Isso foi um retrocesso. Vamos lutar veementemente para derrubar esse veto”, afirma.

Quais os principais projetos devem ser desenvolvidos nessa nova gestão

MARIA CLARA CAVALCANTE BUGARIM – Pretendemos continuar e desenvolver o programa de educação continuada que entendemos ser de fundamental importância para a classe. Atualmente temos 390 mil profissionais de contabilidade e sabemos que o CFC tem um papel fundamental na formação do profissional, buscando sempre a excelência do exercício.

Como o CFC pode interagir com o setor produtivo para auxiliar no aperfeiçoamento dos processos de gestão nas empresas

– Nós já temos parcerias significativas, a exemplo de uma que temos com o Sebrae, que se chama Contabilizando o Sucesso. Nós estamos investindo R$ 12 milhões nesse projeto para capacitarmos nossos profissionais para que tenham consciência de que são peças fundamentais para os gestores. Nós temos de ser verdadeiros consultores para que o setor produtivo consiga otimizar suas receitas e aperfeiçoar os processos de gestão financeira.

Quanto à busca de espaço junto aos órgãos públicos empenhada pelo CFC, que papel a entidade pretende exercer em assuntos como a Reforma Tributária

– Nós estamos dando a nossa contribuição. Apresentamos, inclusive, uma proposta concreta da classe contábil brasileira porque entendemos que não podemos mais continuar convivendo com tanta burocracia, não podemos continuar com o que consideramos ser uma massacre tributário sobre a população e às atividades produtivas do País.

No final do ano passado, o Governo Federal vetou o projeto de lei que regulamenta o Exame de Suficiência para os contabilistas e que fora uma bandeira da última gestão. Que medidas a nova diretoria pretende tomar para reverter a situação atual

– Vamos lutar veementemente para derrubar esse veto. Consideramos absurdo termos negado a regulamentação de nossa atividade profissional. Isso foi um retrocesso e o governo não tinha direito de fazer isso. Nós conseguimos aprovar nosso projeto de lei por unanimidade na Câmara dos Deputados e no Senado Federal e, para surpresa nossa, a classe contábil recebeu como presente de Natal do presidente da República um veto que consideramos esdrúxulo.

Fonte: Jornal Do Comércio

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