Paraíba

AESA avalia o resultado das chuvas de fevereiro na Paraíba

Com o monitoramento dos açudes durante todo o mês de fevereiro, a AESA constatou que houve um aumento representativo da […]

Com o monitoramento dos açudes durante todo o mês de fevereiro, a AESA constatou que houve um aumento representativo da reserva hídrica em várias regiões do estado da Paraíba. Com as chuvas ocorridas, principalmente depois do dia 15 de fevereiro, sete açudes “sangraram” e outros aumentaram representativamente sua capacidade hídrica. 

Climatologicamente, o mês de fevereiro inclui-se no quadrimestre de maiores chuvas do semi-árido paraibano, o qual se estende entre os meses de fevereiro e maio. Apesar das chuvas mais representativas só terem começado na segunda quinzena do mês, os totais acumulados foram bem representativos, com índices, na sua grande maioria, acima da média histórica. 

Os maiores índices se concentraram sobre o Sertão, nas bacias hidrográficas do Alto-Piranhas e Piancó, respectivamente sobre os municípios de São José da Lagoa Tapada: 404,4 mm (183,7 mm, acima da média), Itaporanga: 379,6 mm (221,0 mm, acima da média). Outros índices significativos na região do Sertão, com totais acima de 350,0 mm, também foram observados em Lagoa (375,0 mm), Belém do Brejo do Cruz (363,0 mm), Nazarezinho (362,4 mm) e Cajazeiras/Açude Engenheiros Ávidos (360,5 mm), que obtiveram valores acima de 100% da média normal do período. 

Outro açude do Sertão e Alto Sertão que teve aporte hídrico bastante significativo foi o açude Coremas-mãe D´água, que em fevereiro acresceu 126 milhões de metros cúbicos em sua capacidade, e ainda o São Gonçalo (Sousa), Jatobá e Farinha (Patos), Engenheiro Ávidos (Cajazeiras), Capoeira (Santa Terezinha) que também tiveram aumentos expressivos de acumulação de água.
No Cariri/Curimataú, as chuvas ocorreram com menor intensidade, mesmo assim também acima da média. Exemplo são os municípios de Monteiro (255,0 mm) e Ouro Velho (239,2 mm). 

Na faixa leste do Estado as chuvas se concentraram por menos dias, mas favoreceram toda a região. Os valores extremos foram observados sobre os municípios de João Pessoa/Mangabeira (234,2 mm) e em Cabedelo (184,8 mm). O destaque deve ser dado ao açude Marés, que atende a cidade de João Pessoa, que encerrou fevereiro com 94,8% da sua capacidade e o açude Epitácio Pessoa, que atende a Campina Grande e cidades circunvizinhas, que teve um aporte hídrico de 18 milhões de metros cúbicos em fevereiro, faltando pouco mais de um metro para atingir sua capacidade máxima. 

Até o momento, pelo menos sete açudes estão com sua capacidade máxima, devido ao acumulado com as chuvas de fevereiro. São eles: Jenipapeiro (São José da Lagoa Tapada), Cochos (Igaracy), São José (Monteiro), Cafundó (Serra Grande), São José (São José dos Cordeiros), Cachoeira dos Alves (Itaporanga) e Jangada (Mamanguape). 

Para o diretor-presidente da AESA, Sergio Góis, esses dados são muito positivos, pois “com as chuvas ocorridas durante boa parte do Estado da Paraíba no mês de fevereiro e a diminuição do risco de racionamento, a população começa a respirar aliviada. Um bom exemplo disso pode-se ver no município de Livramento, que agora pode ficar livre do racionamento da Cagepa”, comemora o diretor. 

O açude Livramento, que abastece o município, iniciou fevereiro com 237.518 m3 (9,8%) de volume de água e encerrou o mês com 1.609.314m3 (65,9%).

Secom-PB

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