'Indignus'

Advogado de padre Egídio confirma depoimento ao GAECO e diz que religioso está disposto a colaborar com investigação

O advogado Sheyner Asfora contou com exclusividade ao ClickPB que já foi autorizado pelo padre Egídio a procurar o GAECO e marcar data para seu depoimento.

padre, Egídio, Justiça

Padre Egídio de Carvalho (Foto: reprodução)

A defesa do padre Egídio, que foi alvo da Operação Indignus nesta quinta-feira (05), revelou em entrevista ao ClickPB que o religioso pretende colaborar com as investigações e esclarecer os fatos. O advogado Sheyner Asfora contou com exclusividade ao ClickPB que já foi autorizado pelo padre Egídio a procurar o GAECO e marcar data para seu depoimento.

A expectativa é de que o depoimento seja prestado ainda nos próximos dias. Sheyner já adiantou a intermediação junto ao GAECO (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado), mas ainda não há data marcada para o depoimento.

Atualmente o padre Egídio está em Recife, de acordo com Sheyner Asfora. O religioso tinha viajado para Pernambuco desde que pediu a renúncia do cargo de diretor do Hospital Padre Zé, no fim do mês de setembro.

Até o momento não há informações dos detalhes que o padre Egídio irá revelar para colaborar com as informações. Porém, o religioso pretende explicar sua versão às autoridades policiais.

Como acompanhou o ClickPB, a Operação Indignus foi deflagrada com objetivo de investigar uma série de supostos desvios de recursos públicos provenientes de doações ao Hospital Padre Zé. A denúncia veio à tona após a descoberta de desvios de telefones celulares que haviam sido doados à instituição.

Desde o início da manhã desta quinta-feira foram cumpridos mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao padre Egídio e pessoas que ocupavam cargos importantes na direção da unidade de saúde. A força tarefa comandada pelo Gaeco esteve em uma granja na cidade de Conde além de prédios de luxo na orla de João Pessoa. Também houve o cumprimento de mandado em São Paulo.

Operação Indignus

A Força Tarefa composta pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado do Ministério Público do Estado da Paraíba (Gaeco), pela Polícia Civil da Paraíba da Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social, pela Secretaria de Estado da Fazenda da Paraíba e pela Controladoria-Geral do Estado da Paraíba, deflagraram, na manhã desta quinta-feira (05) a “Operação Indignus”.

Estão sendo cumpridos 11 mandados de busca e apreensão expedidos pela  4ª Vara Criminal de João Pessoa. O ClickPB apurou em primeira mão que são oito mandados cumpridos na capital paraibana, um no município do Conde e dois no município de São Paulo (SP). Conforme apurou a reportagem, na capital os mandados cumpridos são nos bairros do Bessa e Cabo Branco, na área nobre da capital. 

Conforme apurou o ClickPB, a operação tem como objetivo apurar os fatos que indicam possíveis condutas criminosas ocorridas no âmbito do Instituto São José, do Hospital Padre Zé e da Ação Social Arquidiocesana/ASA. Segundo as investigações há indícios de possíveis desvios de recursos públicos destinados a fins específicos, por meio da falsificação de documentos e pagamento de propinas a funcionários vinculados às referidas entidades.

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