Professor Leandro Carvalho (Foto: reprodução)
A advocacia paraibana enfrenta uma crise de representatividade e eficácia na gestão da OAB/PB, com profissionais indignados com a desconexão entre as promessas de campanha e a dura realidade enfrentada no exercício da profissão. O discurso de inclusão e pluralidade nos espaços de poder é constantemente proferido, porém a implementação prática desses princípios é negligenciada, evidenciando um modelo ultrapassado e ineficaz de gestão.
Advogados e advogadas clamam por uma Ordem dos Advogados do Brasil seccional Paraíba (OAB/PB) que represente verdadeiramente os interesses da classe, considerando a diversidade de gênero, raça, orientação sexual e outras dimensões da identidade. No entanto, a falta de ações concretas para promover essa representatividade gera descontentamento e desconfiança entre os profissionais.
Além disso, a ineficiência na defesa dos direitos da classe e na prestação de serviços essenciais, como assistência jurídica e capacitação profissional, é amplamente criticada. A advocacia paraibana clama por uma gestão transparente, ética e eficaz, capaz de enfrentar os desafios contemporâneos e defender os interesses da classe de forma contundente.
No contexto das eleições passadas, as ideias defendidas pelas oposições representadas por Kiu, Maria Cristina Santiago, e Carlos Fábio Ismael surgiram como alternativas diante das demandas por mudanças na OAB/PB. Ambos os candidatos destacaram a necessidade de uma gestão mais transparente, participativa e comprometida com a renovação da instituição. Suas propostas ecoaram entre os advogados e advogadas que ansiavam por uma OAB/PB mais ativa na defesa dos interesses da classe e na promoção da justiça social. No entanto, a distância entre essas propostas e a realidade enfrentada pela advocacia paraibana evidencia os desafios enfrentados no processo de transformação da Ordem.
Diante desse cenário, torna-se imperativo repensar o modelo de atuação da OAB/PB e promover uma renovação nos quadros da instituição. Os profissionais exigem lideranças comprometidas com uma advocacia mais inclusiva, dinâmica e alinhada com as demandas da sociedade. A hora de agir é agora, pois a insatisfação da advocacia paraibana não pode mais ser ignorada. A expectativa agora é de que essas ideias continuem a influenciar o debate sobre o futuro da OAB/PB e incentivem a busca por soluções efetivas para os problemas enfrentados pela classe.
Por Professor Leandro Carvalho