O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, acusado pela centro-esquerda de ter legislado em função de seus interesses pessoais, disse hoje que a única lei que fez sob medida foi “o cartão ouro para os maiores de 70 anos”.
“A única e autêntica lei ”ad personam” que fiz foi o cartão ouro para os maiores de 70 anos, ou seja, a possibilidade de usar o transporte público e freqüentar teatros e cinemas gratuitamente”, afirmou ironicamente o chefe do Executivo. Em setembro, ele completa 70 anos.
Berlusconi foi, durante seus cinco anos de Governo, artífice de várias leis polêmicas. Entre elas, esteve a reforma do Judiciário que reduziu os prazos de prescrição, o que favoreceu um de seus colaboradores, ou a lei que impediu a apelação por parte de promotores, que favoreceu o próprio político.
Dono do poderoso grupo de televisão Mediaset, Berlusconi também promoveu uma nova legislação para a indústria da comunicação. Às vésperas da eleição parlamentar, renovou a lei eleitoral que, paradoxalmente, o prejudicou no último pleito.
“Il Cavaliere”, que ontem apresentou sua renúncia após a derrota nas eleições gerais, continua no poder interinamente até a formação do novo Governo. Ele deu as declarações em um comício de seu partido, o Forza Itália, em Milão.
Berlusconi reiterou ainda que se sente “vencedor moral” das eleições gerais. Romano Prodi teve vantagem de apenas 25 mil votos.
EFE
Única lei feita sob medida foi cartão para idosos, diz Berlusconi
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